UEM promove formação gratuita de membros para banca de cotas
Capacitação aberta à comunidade auxilia na heteroidentificação étnico-racial de aprovados na instituição. Saiba mais.
A Universidade Estadual de Maringá (UEM) oferta, a partir desta quarta-feira (12), um curso de formação técnica para que membros da comunidade possam integrar as bancas de heteroidentificação das cotas étnico-raciais nos vestibulares da instituição.
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Esta será a segunda edição da oportunidade, promovida pela Pró-Reitoria de Recursos Humanos e Assuntos Comunitários (PRH) em conjunto com o Núcleo de Estudos Interdisciplinares Afro-Brasileiros (Neiab). Realizada no Auditório do Bloco I-12 do câmpus sede da UEM, a capacitação tem carga horária de oito horas, com oferta de certificado aos participantes. As atividades serão desenvolvidas entre quarta (12) e quinta-feira (13), das 13h30 às 17h30.
A iniciativa é gratuita e aberta às comunidades interna e externa da UEM. Podem participar professores, servidores técnicos, estudantes e quaisquer interessados na área. Conforme os organizadores, o principal objetivo é capacitar pessoas para a análise justa e criteriosa da autodeclaração étnico-racial de candidatos aos vestibulares da UEM.
De acordo com a coordenadora do Neiab, Marivânia Conceição de Araújo, a realização do curso é essencial para a manutenção da política de cotas da Universidade. “Ficamos muito contentes com essa parceria entre o Neiab e a PRH, porque essa é uma tarefa importantíssima. Quanto mais pessoas estiverem preparadas para participarem das bancas e informadas sobre a necessidade da banca, menos erros ocorrerão no processo dos vestibulares”, explicou.
A ação também oferecerá uma base teórica sólida sobre a história e as dinâmicas do racismo no Brasil. Segundo a coordenadora, o entendimento crítico sobre as questões raciais ajudará a desconstruir preconceitos e estereótipos que poderiam, inclusive, influenciar o julgamento dos futuros avaliadores.
Além disso, Araújo lembrou que as bancas de heteroidentificação voltarão a ser presenciais já a partir dos próximos vestibulares. “É importantíssimo que as bancas sejam presenciais, para que haja uma conversa, um contato e uma apresentação entre os avaliadores e os candidatos. Isso é essencial para que a banca possa avaliar se o candidato é sujeito àquela política pública afirmativa”, destacou.
As bancas de heteroidentificação atuam para evitar fraudes no acesso às vagas da política de cotas raciais nos vestibulares. O objetivo é assegurar que as ações afirmativas cumpram os papéis de promoção da igualdade de oportunidades e de reparação de desigualdades históricas no acesso ao ensino superior.