Ginecologista acusado de abuso sexual por 34 pacientes deixa prisão com tornozeleira eletrônica
Médico responde pelos crimes registrados nos anos de 2011, 2015, 2019, 2022 e 2023.
Na tarde da última sexta-feira (7), o ginecologista Hilton Cardim, acusado de abuso sexual por 34 pacientes em Maringá, deixou a prisão usando uma tornozeleira eletrônica. O médico estava preso desde o dia 11 de março.
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A soltura foi concedida após o réu entrar com um habeas corpus garantindo que ele responda ao processo em liberdade, sob monitoramento de tornozeleira eletrônica. De acordo com a defesa de Cardim, o médico entregou seu passaporte à polícia.
O ginecologista foi denunciado por violação sexual mediante fraude e teria cometido o crime pelo menos 34 vezes. Após conclusão do inquérito, outras seis vítimas procuraram a delegacia para prestar queixa contra o médico.
Conforme investigação da Polícia Civil, os crimes apurados aconteceram em diferentes anos, em 2011, 2015, 2019, 2022 e 2023. A delegada Paloma Batista, responsável pelo caso, destacou que, conforme depoimento das vítimas, os crimes aconteceram dentro do consultório do profissional durante as consultas.
“Ele vinha na frente, ouvia o coração, depois ia para parte de trás. Ele ficava com o estetoscópio de uma forma que eu não via ele. Aquilo demorava muito, eu comecei a perceber que ele mudou a respiração para mais ofegante, uma respiração de gemido mesmo e ele vai chegando perto com o quadril dele. Fui embora e fiquei pensando que era coisa da minha cabeça", relembrou uma das vítimas em entrevista à RPC.
Graduado em medicina pela Universidade de São Paulo (1988), com mestrado (1995) e doutorado (1999) em obstetrícia e ginecologia, Hilton Cardim atuava no tratamento de infertilidade, inseminação artificial humana, fertilização in vitro e reprodução humana assistida.