CULTURA

‘Ópera, Por que Não?’ faz a sua estreia em Maringá

Aulas do segundo módulo do projeto acontecem de 22 a 27 de abril no campus da UEM, no Departamento de Música e Artes Cênicas. Edital segue aberto para cantores e pianistas de todo Brasil.

‘Ópera, Por que Não?’ faz a sua estreia em Maringá
A coluna vertebral do ‘Ópera, Por Que Não?’ é a ideia de que a ópera é para todos que encontram no canto ou no piano, a expressão de uma própria identidade artística, independente do estilo. - Foto: Rei Santos/Divulgação

O projeto ‘Ópera, Por Que Não?’ estreia em Maringá e realiza na próxima semana, o segundo módulo do programa pedagógico. Aprovado no Programa Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura – PROFICE, capitaneado pela Secretaria de Estado da Cultura do Governo do Estado do Paraná e com o apoio da COPEL – Companhia Paranaense de Energia, o projeto segue com edital aberto até dia 22 de abril.

A coluna vertebral do ‘Ópera, Por Que Não?’ é a ideia de que a ópera é para todos que encontram no canto ou no piano, a expressão de uma própria identidade artística, independente do estilo. O edital, que pode ser acessado pelo site da Associação de Cultura Italiana I Bravissimi, proponente do projeto, traz todos os detalhes do processo de inscrição, simplificado em diversas partes. Em uma delas, por exemplo, o vídeo exigido e que deve ser encaminhado pelo formulário de inscrição pode ser gravado de maneira muito caseira, com o próprio celular. A produção também modificou outra exigência presente no edital: alunos de Londrina e Maringá poderão acompanhar os módulos realizados nas próprias cidades e a carga horária relativa a todo o processo de formação poderá ser completada de outras maneiras, até mesmo com as mentorias online com os professores. “Construiremos juntos a carga-horária, de maneira ajustável à realidade de cada candidato. Outro ponto importante é que quem não conseguir enviar o material para a banca avaliadora, poderá fazer a audição presencialmente, antes de começar o próprio percurso dentro do ‘Ópera, por que não?’, afirma Álvaro Canholi, da PÁ! Artística, produtor executivo e um dos idealizadores do projeto. Quem não conseguir enviar o material poderá fazer uma audição presencialmente, durante toda a semana das aulas do módulo II, até o dia 27 de abril.

A proposta pedagógica divide o processo formativo em dois programas: um para cantores líricos e outro para pianistas correpetidores (instrumentistas especializados em acompanhar atividades docentes, principalmente no estudo do canto lírico e da regência). Ao todo, serão seis módulos de ensino, mais um módulo especial de montagem do espetáculo de encerramento. Todos os selecionados participarão de forma gratuita, pois o curso será inteiramente fornecido pelo projeto. Custos com deslocamentos, hospedagem e alimentação ficam a cargo dos próprios alunos. As masterclasses ocorrem em vários períodos, seguindo a disponibilidade dos selecionados. O segundo módulo acontece de 22 a 27 de abril no campus da UEM, no Departamento de Música e Artes Cênicas (Bloco 08, sala 08), com aulas durante toda a semana, das 9h às 12h e das 14h às 17h.

O tenor Paulo Mandarino juntamente com o pianista Matheus Alborghetti assumem as aulas na Cidade Canção. Mandarino estudou piano, violino e regência, além do canto lírico e sua estreia profissional foi como Edgardo, em Lucia di Lammermoor, de Donizetti, em 1988. Desde então, apresenta-se com regularidade nos teatros e casas de concertos no Brasil. Em 2001, recebeu do Ministério da Cultura a Bolsa Virtuose, para aprimorar seus conhecimentos na Accademia Lirica Italiana, em Milão, com o tenor Pier-Miranda Ferraro. Já se apresentou em várias cidades no Brasil e na Europa e em salas de concerto e festivais. O pianista Matheus Alborgehtti, que se formará como Bacharel em Piano pela Embap/Unespar, trabalha no meio operístico como colaborador/correpetidor desde 2014 e com corais desde 2009. Atualmente é regente do Coral Ítalo-brasileiro do Circolo Italiano di Joinville, e desenvolve trabalhos de correpetição operística e de música de câmara com diversos instrumentistas, cantores e corais.

O projeto “Ópera, Por Que Não?” nasce da vontade de lançar uma semente que possa germinar e florescer nos próximos anos, sendo ponto de partida para o encontro do público com este gênero artístico e também para o desabrochar de novos artistas, ideias, obras e pesquisas relacionadas a esta arte que ainda provoca curiosidade, contemplação e encantamento. Para o maestro italiano Alessandro Sangiorgi, diretor artístico da iniciativa, o projeto vem para privilegiar vozes interessantes que, muitas vezes, não conseguem fazer um percurso profissionalizante. “A ideia é oferecer um caminho de profissionalização para cantores e pianistas acompanhadores, outra categoria com poucos profissionais. Vamos tentar cobrir algumas lacunas”, comenta. “O percurso proposto conta com profissionais gabaritados, tanto na área de canto quanto na área de interpretação, com várias outras ações, sempre de profissionais ligados à ópera”, completa. Para o maestro, o projeto reafirma a popularidade da ópera, um fenômeno pop e vem para atender uma demanda que sempre surgiu no eixo Londrina – Maringá. “Um espetáculo popular, que tem uma mágica que pega o espectador de qualquer faixa social. É muito democrático e acessível, sem perder a profundidade”, diz.

Mais informações sobre o projeto, inscrições e atividades podem ser obtidas pelo e-mail: ibravissimiprojetos@gmail.com ou pelo Whatsapp (43) 99609-9796. O projeto também está no Instagram no perfil @opera_pqnao e no Facebook. Toda a produção e execução do projeto leva a assinatura da PÁ! Artística com o apoio cultural da Secretaria Municipal de Cultura de Londrina, UEL, Secretaria Municipal de Cultura de Maringá, UEM, Conservatório Musical de Londrina e Associação de Amigos do Festival de Música de Londrina.

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