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Ao completar 112 anos, maringaense compartilha o segredo para longevidade

Meire da Silva faz parte de um seleto grupo de mil idosos com mais de 100 anos no Paraná.

Ao completar 112 anos, maringaense compartilha o segredo para longevidade
A centenária completou 112 anos no dia 10 de fevereiro, com direito a missa em homenagem a ela e festa surpresa com a presença dos colegas. - Foto: Divulgação/G1

Meire da Silva, ou dona Dodô, como é conhecida no Lar dos Velhinhos de Maringá, acaba de completar 112 anos com uma força e memória invejáveis. Para ela, o segredo para uma vida longínqua vai além dos exercícios físicos, boa alimentação e demais recomendações médicas, mas depende principalmente da alegria.

Há mais de 10 anos, Dodô faz parte do seleto grupo de pessoas centenárias do Paraná, composto por 1.299 idosos. De acordo com o Censo 2022, o número de moradores centenários no estado teve aumento de 39% nos últimos dois anos e, atualmente, a expectativa de vida dos paranaenses é de 72 anos para homens e 79 para mulheres.

No ranking nacional, o Paraná ocupa a 11ª colocação entre os estados com mais pessoas centenárias, sendo a Bahia o líder com 5.336, segundo dados do IBGE. Na Região Sul, o Paraná fica atrás apenas do Rio Grande do Sul, que tem 1.536 pessoas que alcançaram um século de vida. Confira as cidades paranaenses com maior número de centenários:

  • Curitiba - 237 pessoas
  • Londrina - 65 pessoas
  • Maringá - 47 pessoas
  • Cascavel - 31 pessoas
  • Ponta Grossa - 30 pessoas

Conforme o Censo 2022, o município com maior índice de envelhecimento do Paraná é Rancho Alegre (123,6%); o com menor índice é Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba (22,1%).

Moradora do Lar dos Velhinhos há 27 anos, dona Dodô é filha única e saiu do interior de Minas Gerais ainda criança acompanhada dos pais. Ao chegarem em Maringá foram morar na zona rural, ainda quando a cidade estava crescendo.

Com dificuldade financeira e muito sofrimento na lavoura, ela perdeu os pais ainda jovem. Lutou sozinha para encarar a vida de forma independente e não teve oportunidade de ser alfabetizada.

"Ela não tem familiares. Depois ela veio para o Lar dos Velhinhos, uma casa de longa permanência. Trabalhou aqui até não conseguir mais e hoje é cuidada por todos", disse a irmã Irene, uma das responsáveis pelo asilo. A centenária completou 112 anos no dia 10 de fevereiro, com direito a missa em homenagem a ela e festa surpresa com a presença dos colegas.

Maringa.Com, com informações do G1 Paraná.
Por Gabrielle Nascimento