CULTURA

NUAH, de Maringá, lança EP visual "Crisálida" com quatro faixas autorais; conheça

Projeto viabilizado pelo Prêmio Aniceto Matti também engloba ações como bate-papo e pocket show.

NUAH, de Maringá, lança EP visual "Crisálida" com quatro faixas autorais; conheça
As músicas narram a experiência de uma mulher que busca se libertar da opressão, da submissão e da heteronormatividade impostas pelo sistema patriarcal. - Foto: Lucas Andrade Leandro/Naju Campos

Já estão disponíveis na internet os vídeos do projeto “Crisálida”, o mais novo lançamento da cantora NUAH. Viabilizado por meio do Prêmio Aniceto Matti, o projeto englobou diversas ações, como bate-papo, pocket show e o EP Visual que inclui quatro faixas autorais, já lançadas nas plataformas de streaming e agora seguidas por um trabalho audiovisual.

As canções foram compostas e produzidas por NUAH. Os arranjos vocais e backings também foram criados e gravados pela artista. A parte instrumental foi arranjada por Luan Lins, que também gravou todos os instrumentos e beats eletrônicos. As letras de “Cacos Vermelhos”, “Crisálida” e “Asas” são coautorias da artista com a poeta e letrista Piera Schnaider. Já “Pena Cega” é assinada somente por Piera.

NUAH começou sua trajetória como cantora fazendo covers em bares e interpretando canções de artistas que a inspiravam, geralmente em tributos e especiais, como Elis Regina, Chico Buarque, Secos & Molhados, Novos Baianos, Mutantes, Cássia Eller, Rita Lee e Janis Joplin.

NUAH é brasiliense radicada em Maringá há 26 anos e trabalha no segmento artístico-cultural, mais precisamente na área da música, desde 1998. Foto: Lucas Andrade Leandro

As músicas narram a experiência de uma mulher que busca se libertar da opressão, da submissão e da heteronormatividade impostas pelo sistema patriarcal. Como a narrativa foi construída a partir da metáfora da metamorfose da borboleta, cada vídeo representa um dos quatro momentos, coincidentes com seus estágios de vida: ovo (em “Cacos Vermelhos”), lagarta (em “Pena Cega”), casulo (em “Crisálida”) e borboleta (em “Asas”). Nessa ordem, as letras abordam as fases de tomada de consciência, observação e absorção das coisas, introspecção e recolhimento e, enfim, libertação.

“O que inspirou a proposta foi a minha experiência pessoal, comum a tantas outras mulheres, e o desejo de compartilhar essas vivências, dividir sentimentos e somar lutas”, explica a artista, que passou por um relacionamento abusivo durante muitos anos.

As canções e os vídeos retratam a situação vivida pelo eu lírico e também protagonista da narrativa proposta, bem como a de muitas mulheres que, mesmo com suas existências diariamente anuladas, conseguem se descobrir e, assim, se reinventar para subsistir.

O projeto tem como objetivo fomentar reflexões e discussões sobre os efeitos do patriarcado na própria sexualidade e afetividade, estimulando a valorização de si, sobretudo da mulher, enquanto ser único no mundo, que possui desejos, sonhos, ambições, pontos de vista etc., os quais são importantes e precisam ser respeitados para a formação de uma sociedade mais fraterna.

2 Coelhos Comunicação e Cultura
Por Gabrielle Nascimento