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Veja 6 dicas de planejamento financeiro para quem está ingressando no mundo do trabalho

Primeiras oportunidades profissionais trazem contato inicial com salário e sensação de independência, mas é importante criar bons hábitos desde cedo para fazer o dinheiro render.

Veja 6 dicas de planejamento financeiro para quem está ingressando no mundo do trabalho
Especilista apresenta algumas dicas fundamentais para aproveitar melhor sua renda, independente do valor. - Foto: Freepik

Para muitas pessoas, a carreira profissional começa com um estágio ou o ingresso no Programa de Aprendizagem. Com a oportunidade no mundo do trabalho começa também o primeiro contato com a remuneração por meio da bolsa-auxílio, no caso dos estagiários, ou do salário para os aprendizes.

O professor de filosofia, especialista em educação financeira, Andrey Gonçalves Correia, destaca que a preocupação com a organização das despesas deve vir juntamente com a primeira oportunidade profissional.

"Aquele jovem que começa a poupar desde cedo, criando bons hábitos, terá mais segurança e condições de conquistar seus bens de forma segura e sem se prejudicar no futuro”, afirma.

Confira outras dicas do especialista para aproveitar melhor sua renda:

1- Entenda o que é a sua remuneração

O dinheiro que você ganha no final do mês representa o tempo que dedicou à sua atividade. “É notável que a maioria das pessoas se surpreende por nunca ter pensado dessa forma. Essa reflexão pode ajudar a mudar a avaliação, ao perceber que tudo o que é comprado exigiu esforço para ser conquistado, então utilizar o dinheiro com mais responsabilidade é o caminho", afirma o especialista.

2- Se planeje antecipadamente

Você pode fazer isso no papel ou em uma planilha digital; o importante é planejar seus gastos e economias. Quando receber sua remuneração, registre o valor ganho, todos os gastos realizados e a quantia que pretende poupar. Dessa forma, no fim do mês, terá uma visão clara de seus gastos mensais e estará preparado para o próximo período.

3- Decida o que é “necessidade, desejo e impulso”

Ao avaliar um gasto, questione se é uma necessidade, um desejo ou uma compra por impulso. O objetivo é eliminar o maior número possível de despesas por impulso, priorizar as necessidades e planejar as compras desejadas. Considere criar uma conta poupança se estiver planejando adquirir algo que requer um investimento financeiro mais significativo.

4- Entenda métodos para economizar

Não existe um único jeito para poupar dinheiro. Há muitas maneiras de fazer isso, e cada uma se adequa a realidade de cada pessoa. Um dos métodos mais comuns é o “50/30/20”. Por meio dele, destina-se 50% do salário líquido para gastos fixos, reserva-se 30% para suas compras de desejo e, por fim, aloca-se 20% para uma reserva de emergência.

“Alguns especialistas recomendam que a reserva de emergência seja equivalente a pelo menos seis meses de sua remuneração. Isso garante que, caso você saia da sua atividade atual ou tenha um contrato encerrado, terá recursos para se manter por até seis meses, cobrindo principalmente os gastos essenciais”, completa o instrutor.

5- Atenção ao cartão de crédito e aos juros

Quando você usa o cartão de crédito, não está usando seu próprio dinheiro, mas, sim, o dinheiro do banco. O limite que é disponibilizado para você é uma forma de empréstimo que ele conta com o pagamento que, se não for pago, resultará em cobrança de “juros sobre juros”. “Isso acontece quando as pessoas percebem como é fácil se endividar e não quitar a fatura, o que leva a um acúmulo para o próximo mês e cria a temida ‘bola de neve’”, afirma Correia.

6- Invista para o futuro

Muitas pessoas têm o objetivo de investir uma parte do dinheiro que recebem. Diversas instituições financeiras demonstram que é possível investir a partir de 50 reais por mês, ou até menos. “Vale a pena pesquisar com um profissional na área financeira e buscar informações cada vez mais sobre as modalidades que se adequam ao seu perfil e objetivos para uma vida financeira mais saudável”, destaca.

Dica Bônus: nunca é tarde para começar

É comum que jovens que estão começando sua carreira busquem essas dicas, mas nada impede que pessoas com mais experiência tentem encontrar formas para melhorar suas finanças pessoais.

“Quando falamos de educação financeira, ou finanças pessoais, não podemos desconsiderar que cada indivíduo é único, e cada situação é particular. Não existe uma fórmula pronta, mas, sem dúvida, o acesso à informação, ao conhecimento e à reflexão pode ser de grande auxílio”, finaliza o especialista.

CIEE/PR
Por Gabrielle Nascimento