HISTÓRIA

Casa do primeiro padre de Maringá, Emílio Scherer, vira patrimônio histórico da cidade

Pároco alemão chegou à região em 1939 e foi o responsável por comprar o primeiro lote onde seria Maringá. Saiba mais.

Casa do primeiro padre de Maringá, Emílio Scherer, vira patrimônio histórico da cidade
Propriedade comprada em 12 de fevereiro de 1940 fica localizada na Avenida Pioneiro Antônio Fernandes Maciel, 1365, na Gleba Pinguim. - Foto: Acervo Maringá Histórica

A moradia do primeiro padre de Maringá, o alemão Emílio Scherer, agora é patrimônio histórico da cidade. Realizado por meio da Comissão Especial de Preservação do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural de Maringá (CEPPHAC) da Secretaria de Cultura, o tombamento foi oficializado nesta terça-feira (26) após assinatura do decreto n° 2010/2023 pelo prefeito Ulisses Maia.

De acordo com registros históricos, a casa do pároco foi o primeiro lote a ser comprado na região que futuramente teria o nome de Maringá. Em 12 de fevereiro de 1940, ele adquiriu o lote de numeração 1/A, que hoje fica localizado na Avenida Pioneiro Antônio Fernandes Maciel, 1365, na Gleba Pinguim. No local, fundou a primeira capela de Maringá, a Igreja São Bonifácio, que fica ao lado da casa tombada. O padre morou na residência até 1954.

Primeiro lote de Maringá foi comprado pelo pároco em 1940, onde construiu sua casa e a Igreja São Bonifácio. Foto: Acervo Maringá Histórica
Padre Emílio Scherer em frente à Igreja São Bonifácio, no quintal de sua casa. Foto: Acervo Maringá Histórica
Pároco viveu na propriedade até 1954, quando decidiu retornar à Alemanha. Foto: Divulgação/PMM

O processo de tombamento garante que traços e marcas da casa sejam preservados, com a manutenção da história da edificação, preservação da volumetria, material das telhas, portas e janelas e do jardim no entorno da casa do padre Emílio Scherer.

Quem foi Emílio Scherer

O padre Emílio Clemente Scherer nasceu em território francês, que foi anexado pela Alemanha durante a Primeira Guerra Mundial, e acabou optando pela nacionalidade alemã. Fugiu do país em 1938 durante o regime nazista e, dois anos depois, negociou a compra de um terreno com a Companhia de Terras Norte do Paraná (CTNP), que daria origem a Maringá.

No final da década de 1940 negociou a propriedade com a Ordem dos Palotinos e, em 1953, foi embora de Maringá. O padre morreu na Alemanha em 1970.

Maringa.Com, com informação da Prefeitura de Maringá.
Por Gabrielle Nascimento