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Dia do Cachorro-Quente: conheça a história do dogão prensado, símbolo de Maringá

Na Cidade Canção, esse lanche clássico tem uma versão especial amada pelos maringaenses e nacionalmente conhecida.

Dia do Cachorro-Quente: conheça a história do dogão prensado, símbolo de Maringá
Apesar de ser figurinha carimbada na vida dos maringaenses, comer cachorro quente prensado não é muito comum em outros lugares do Brasil - Foto: Reprodução/GMC Online

Tem quem prefira apreciá-lo de maneira simples, sem muitos ingredientes, ou então com um hambúrguer de carne no meio. Também tem os fãs da versão com bacon ou calabresa. Algumas pessoas sempre pedem para tirar o milho, o alface ou o tomate, mas uma coisa é certeza: todos sempre querem muita maionese.

Neste sábado (9), é celebrado o Dia do Cachorro-Quente e, em Maringá, o lanche é um ícone. Com centenas de carrinhos espalhados pela cidade, o dogão prensado, tem versões para todos os gostos e até um mascote de time de futebol nomeado em sua homenagem — o Maringá Futebol Clube fez uma enquete para os torcedores escolherem o nome do símbolo do time e Dogão foi o vencedor.

O que é um dogão?

A história do cachorro-quente tradicional, apenas com pão e salsicha, é antiga. Não se sabe direito onde o lanche foi inventado, mas, em uma versão da história, um comerciante de origem alemã morador de St. Louis, capital de Louisiana, nos Estados Unidos, comercializava salsichas.

Para que os clientes pudessem comer o alimento quente, ele emprestava luvas brancas. Como a maioria das luvas não eram devolvidas, o estoque foi acabando e, por isso, ele teve a ideia de pedir a um padeiro para que fizesse pães que acomodassem as salsichas. Assim, surgiu o cachorro-quente como conhecemos hoje.

Em 1985, em um carrinho localizado na Avenida Colombo, o lanche ganhou sua versão maringaense. Pão, salsicha, hambúrguer, frango desfiado, queijo, alface, tomate, milho, bacon, calabresa, batata palha… O recheio de um dogão é, literalmente, à escolha do freguês, com tudo bem prensado para compor a mordida perfeita.

Apesar de ser figurinha carimbada na vida dos maringaenses, comer cachorro quente desse jeito não é muito comum em outros lugares do Brasil. O estilo prensado surgiu depois da ideia de colocar o lanche em uma prensa para poder colocar mais ingredientes.

“É bom frisar que, Maringá não inventou a prensa, muito menos o cachorro-quente, porém, foi ela a responsável pela fusão desses dois elementos, criando a partir daí um terceiro produto, ou seja, o lanche prensado”, afirma o historiador João Laércio, em texto de 2017 do Maringá Histórica.

A maionese

Comer sanduíche com maionese não é novidade, mas o maringaense usa a criatividade para deixar o molho ainda mais apetitoso e colorido para acompanhar o dogão.

É muito comum encontrar vários tipos de maionese nos carrinhos que servem o lanche na cidade. Além da tradicional e da clássica com cheiro verde, entre diversas versões, existem opções com alho, cheddar, pimenta, catupiry e azeitona preta.

Para quem é daqui, essa variedade de maioneses não é novidade, mas, em 2019, uma maringaense viralizou no X (antigo Twitter) depois de publicar uma foto de vários saquinhos de maionese.

Foto: Reprodução/Twitter

Nos comentários da publicação, que tem mais de 17 mil curtidas, vários usuários ficaram assustados com a variedade de cores (“Fiquei meio desconfortável com essa maionese azul”), outros estimularam a rivalidade entre cidades (“Depois o pessoal vem falar de SP porque põe purê de batata no dogão”) e alguns ficaram curiosos para provar (“Onde fica Maringá mesmo?”).

Maringa.Com
Por Vanessa Santa Rosa