Venda da Copel é oficializada nesta segunda-feira (14), em São Paulo, pelo valor de R$ 5,2 bilhões
Empresa responsável por mais de 4,5 milhões de unidades consumidoras no Estado tornou-se oficialmente uma corporação. Veja o que muda.
Com participação do governador do Paraná, Ratinho Júnior, a oferta de ações da Companhia Paranaense de Energia (Copel) foi encerrada nesta segunda-feira (14) em cerimônia realizada na sede da B3, em São Paulo. O evento marca a transformação da Copel em uma corporação, ou seja, uma empresa pertencente a acionistas.
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As ofertas para compras de ações da Copel foram estruturadas por bancos como Banco BTG Pactual, Itaú BBA, Banco Bradesco BBI, Banco Morgan Stanley e UBS Brasil Corretora de Câmbio, Títulos e Valores Mobiliários.
O Estado continua como principal acionista da empresa mantendo uma "Golden Share" com poder de veto em decisões importantes. A venda de ações da Copel gerou mais de R$ 5,2 bilhões, permitindo que o governo do Paraná tenha um lucro de R$ 3,16 bilhões e mantenha uma participação de 15,65% na corporação.
Os recursos arrecadados serão usados para financiar programas estaduais, incluindo habitação, educação, infraestrutura urbana e sustentabilidade.
Durante a cerimônia, o governador Ratinho Júnior enfatizou a importância da modernização da Copel para acompanhar o crescimento do Paraná e garantir energia suficiente para o desenvolvimento do estado. Ele expressou o desejo de que a Copel se torne uma das maiores empresas do Brasil.
Além disso, Ratinho destacou que a venda das ações da Copel não afetará programas sociais nem a tarifa de energia. A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) continua responsável por definir os preços da energia no Paraná.
A corporativização da Copel foi aprovada em 2022 e permitirá à empresa manter e prorrogar contratos de concessão de ativos de geração, como a usina Foz do Areia. Atualmente, a Copel é uma das principais companhias elétricas do Brasil, atendendo 4,5 milhões de consumidores em cerca de 400 municípios.
O novo formato de governança da Copel não terá apenas um único controlador, que antes era o Governo do Paraná, e agora será distribuído o poder de voto entre acionistas. A direção da empresa será escolhida por critérios profissionais, e o Conselho de Administração será formado por indicações técnicas do Estado e outros acionistas.