Dia da Mulher: três exemplos de preconceito de gênero e por que eles são ofensivos
Celebrado no dia 8 de março, o Dia Internacional da Mulher busca promover debates e a conscientização sobre o preconceito de gênero e a luta feminina.
No Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, muito além das homenagens, a data também busca promover debates e principalmente a conscientização sobre a luta feminina e suas conquistas. O grande obstáculo é o preconceito de gênero, atitudes que discriminam pessoas de acordo com o sexo e, em geral, afetam principalmente as mulheres.
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Parte da estrutura da sociedade, o preconceito de gênero é algo enraizado nos costumes e hábitos que são passados de geração em geração. Por isso, alguns desses preconceitos podem passar despercebidos e serem normalizados, mas não deixam de ser ofensivos.
Veja quatro exemplos e por que eles devem ser desconstruídos:
Comparar o Dia da Mulher com o Dia do Homem
Algumas pessoas não entendem ao certo o porquê do Dia das Mulheres ser celebrado com grande destaque e a data destinada aos homens “passar batido”. A principal diferença está nas lutas e no papel imposto a cada gênero pela sociedade.
O Dia Internacional do Homem, celebrado em 19 de novembro, tem como principal objetivo promover a conscientização sobre o cuidado à saúde e também levantar debates sobre paternidade e modelos de masculinidade - que também devem ser desconstruídos. No entanto, historicamente, as mulheres são as mais afetadas pela desigualdade de gênero enquanto os homens são beneficiados.
Alguns reflexos do preconceito de gênero são a ausência de mulheres em cargos de liderança, os salários menores e também a violência sofrida como abusos, agressões e outras formas de desrespeito desencadeadas apenas pelo gênero.
Por isso, comparar as duas datas é amenizar os efeitos da desigualdade de gênero e desmerecer a luta contra.
Questionar a inteligência de uma mulher baseado em sua aparência
É comum que mulheres consideradas atraentes tenham sua inteligência questionada, diminuindo seu valor e talento. Na visão do preconceito de gênero, muitos acreditam que mulheres consideradas bonitas e vaidosas sejam fúteis e não tenham outros interesses além da beleza.
Em contrapartida, as mulheres consideradas “fora do padrão” também sofrem o menosprezo baseado em sua aparência pois é imposto que sejam naturalmente vaidosas e se preocupem com sua imagem.
Taxar mulheres como emocionais e/ou frágeis
Popularmente taxada como “o sexo mais frágil”, as mulheres também enfrentam os estereotipos de que são irracionais, sensiveis e frágeis. Essa visão descredibiliza a posição de mulheres em cargos de liderança ou poder por dúvidas de suas capacidades de discernimento e também por serem consideradas instáveis.
Além disso, a imagem de mulher frágil reforça o estereótipo de que todas devem ser protegidas e resgatadas por homens, como nos contos de fadas. No entanto, a realidade é que existem mulheres de todos os tipos e personalidades que não devem ser reduzidas a um estereótipo.