Em depoimento, suspeito de matar jovem trans em Maringá afirma que deu facadas para se proteger

Na tarde desta quinta-feira (2) o suspeito de matar a jovem Samantha Campana na região central de Maringá, Natan Henrique Gomes Ananias, de 21 anos, prestou depoimento na 9ª Subdivisão Policial (9ª SDP). A polícia acredita que o suspeito desferiu uma facada no peito de Samantha ao tentar roubar o celular dela e o caso é tratado como latrocínio. Ao delegado, o suspeito alegou que conhecia Samantha e que a atacou para se defender.

De acordo com o depoimento, o suspeito já conhecia Samantha de outras situações. No dia do crime, ele precisava de dinheiro para comprar leite para seu filho e, ao encontrar a jovem, pediu R$ 50 emprestado. No entanto, Samantha e o amigo que estava junto teriam sacado um canivete, fazendo com que o suspeito reagisse com a facada.

“Claro que o interrogatório dele é um instrumento de defesa, o que ele contou para nós vai ser analisado com as outras evidências, que nós temos produzidas no inquérito policial e depois que concluirmos todos os atos investigativos, vamos concluir o inquérito policial e dar a nossa opinião sobre que fato será enquadrado a essa ação”, explicou o delegado Luiz Henrique Vicentini, responsável pelo caso.

A defesa do suspeito alega que a facada não foi com o propósito de matá-la. “Ele alega que deu uma facada, é o que eu sempre digo, quando a adrenalina sobe eles não vão contar quantas facadas deram, ele alega que foi somente uma e não imaginava que ela morreria”, disse Fausto Mochi, advogado de Natan.

De acordo com laudo do Instituto Médico Legal (IML), Samantha teve perfurações no coração e tórax, causando hemorragia intensa. A jovem foi socorrida em estado grave pelo Samu, mas morreu a caminho do Hospital Universitário de Maringá neste domingo, dia 29 de janeiro.