SEGURANÇA

Moradores realizam ato por mais segurança após morte de jovem trans na região central de Maringá

Samantha Campana, de apenas 23 anos, era funcionária de uma pizzaria no Mercadão Fratello e foi atacada com facadas após uma tentativa de assalto na tarde deste domingo (29).

Moradores realizam ato por mais segurança após morte de jovem trans na região central de Maringá
A jovem foi socorrida, mas infelizmente não resistiu aos ferimentos. - Foto: Divulgação

No Dia Nacional da Visibilidade Trans, celebrado em 29 de janeiro, a jovem em processo de transição, Samantha Campana, de apenas 23 anos, foi vítima de um crime que chamou a atenção em Maringá. Garçonete na Pizzaria Jacaré Vermelho no Mercadão Fratello, a jovem estava em horário de almoço quando foi abordada por um assaltante e, posteriormente, esfaqueada.

O crime, registrado por câmeras, aconteceu por volta das 17h50 deste domingo (29) na Avenida João Paulino Vieira Filho. A jovem buscou ajuda na Travessa Jorge Amado entre o Mercado Municipal e Fratello, foi socorrida, mas infelizmente não resistiu após duas paradas cardíacas a caminho do Hospital Universitário de Maringá.

Nas redes sociais, os moradores de Maringá se revoltaram com o caso clamando por mais segurança na cidade. Na manhã desta terça-feira (31) equipes da Prefeitura de Maringá, OAB, Polícia Militar, Guarda Municipal, Acim, Secretaria de Assistência Social e demais entidades se reuniram para debater a questão da segurança na região central e zona 7.

“Será uma oportunidade de levarmos nossas reivindicações às autoridades de segurança: Polícia Militar, Guarda Municipal, Prefeitura, SASC, Conselho de Segurança, entre outros, e conjuntamente buscar uma solução urgente”, destaca o comunicado sobre a reunião.

Além disso, nesta quarta-feira (1º), a Associação de Moradores da Zona 7 deve realizar ato em prol da segurança na região, uma das mais violentas da cidade. A ação será na Travessa Jorge Amado às 20h.

Foto: Reprodução/Facebook

Em nota, o prefeito Ulisses Maia lamentou a morte da jovem e destacou que tem “cobrado há muito tempo mais efetivo para a Polícia Militar e civil na cidade”. Confira na íntegra:

“Lamento profundamente a morte da jovem trans, Samantha Campanha, de 23 anos. Que a família consiga encontrar em Deus o conforto necessário nesse momento de grande dor. Desde ontem, tenho acompanhado as investigações por meio da nossa Secretaria de Segurança Pública.

Estive com nosso secretário Ivan hoje para prestarmos todo apoio para que o culpado não saia impune. Pela manhã, equipes de investigadores estiveram na Guarda Civil Municipal para verificar nossas câmeras de monitoramento.

Temos cobrado há muito tempo mais efetivo para a Polícia Militar e civil na cidade. A guarda não tem competência legal para agir e prender em situações como esta. De qualquer forma, nossa guarda está em uma força-tarefa com rondas constantes em locais considerados de mais risco.

A Prefeitura tem oferecido apoio às pessoas em situação de rua, acompanhamento psicológico, internação em comunidades terapêuticas, além de ações pelo consultório de rua. Muitos se recusam ao tratamento. É um problema complexo e que depende da ação de todos.

Inclusive, a necessidade de as pessoas pararem de dar esmolas nas ruas e semáforos. Isso tem estimulado pessoas a virem para Maringá e ficarem em situação de mendicância. Para ajudar tem que encaminhar essas pessoas para a assistência social.

Sei que é de bom coração, mas a melhor ajuda é indicar para o tratamento, acolhimento e a dignidade de um trabalho. Estamos fazendo tudo ao nosso alcance!”

Maringa.Com
Por Gabrielle Nascimento