4 mil absorventes serão doados para mulheres em vulnerabilidade social de Maringá e Sarandi

Com o início do Outubro Rosa ações em prol da saúde da mulher começam a ganhar mais destaque. Além do câncer de mama e exames preventivos, outra questão de saúde feminina que merece atenção é a pobreza menstrual, presente na realidade de aproximadamente 11,3 milhões de brasileiras.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Johnson & Johnson Consumer Health em conjunto com os institutos Kyra e Mosaiclab em 2021, a pobreza menstrual afeta, no Brasil, 28% das mulheres de baixa renda na faixa etária entre os 14 e os 45 anos. A maior parte delas sequer sabem estarem vivendo uma realidade de pobreza menstrual. 

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Como forma de ajudar as pessoas que sofrem com essa realidade, o polo de Educação a Distância da Uninter, em parceria com o Instituto ELA (Educadoras do Brasil), Agência Mulher SICOOB e VG Educacional, doarão na próxima sexta-feira (7), mais de 4 mil absorventes à ONG Sopão da Jô, que atende centenas de mulheres em situação vulnerabilidade em Sarandi e Maringá.

A arrecadação ocorreu entres os meses de agosto e setembro, onde alunos da instituição e comunidade em geral foram convidados a trocarem dois pacotes de absorventes por um livro didático da Editora Intersaberes, com diversos títulos disponíveis.

• Doação de absorventes beneficiou aproximadamente mil mulheres em 2021

PERIGOS PARA A SAÚDE — Caminhando ao lado da miséria e da falta de acesso ao saneamento básico, a pobreza menstrual é uma questão de saúde pública. Quando nessa condição, as pessoas que menstruam procuram improvisar e substituem os itens de higiene por materiais mais acessíveis para conter a menstruação. 

Algumas das alternativas mais adotadas são papel higiênico, pedaços de pano, jornais e até mesmo miolo de pão. 

O uso de materiais e produtos impróprios para conter a menstruação trazem grande risco à saúde, podendo causar alergias, irritações, infecções urinária, vaginal ou até mesmo no útero, e outros problemas.

A autoestima também é afetada pelo desconforto, estresse e humilhação das quais as mulheres afetadas estão sujeitas. Além disso, o bem-estar das pessoas que se encontram em situação de pobreza menstrual é prejudicado pela necessidade de abdicar de atividades do dia a dia como escola, trabalho e eventos sociais.

“Esta campanha não tem como objetivo apenas a doação, ela instiga a empatia da comunidade em que adolescente e mulheres sem condições financeiras de comprar absorventes, abandonam seus afazeres e compromissos sociais, por vergonha de serem expostas em seus períodos menstruais. Inclusive, parte dos doadores foram homens, o que muito nos alegrou, por terem consciência da importância desta ação”, explica Diene Eire, diretora da Uninter polo Maringá.

Para quem ainda quiser contribuir, os produtos devem ser entregues até esta quinta-feira (6), no polo Uninter, localizado na Av. Advogado Horácio Raccanello Filho, 5475.