Falta de oportunidades para profissionais com mais de 50 anos pode causar ‘bug’ de mão de obra
Desemprego entre os profissionais mais velhos, causado pelo preconceito etário, é um desafio no mercado de trabalho que deve ser tratado como prioridade, afirmam especialistas

Atualmente, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil contabiliza mais de 54 milhões de pessoas com mais de 50 anos. Estimativas apontam que em 2060 cerca de 25% da população brasileira estará na faixa etária acima dos 60 anos.
Esse cenário é preocupante para o mercado de trabalho ao considerar que, atualmente, o número de profissionais nessa faixa etária em busca de recolocação ultrapassa o 1,4 milhão. Em 2012 o número era de aproximadamente 509 mil pessoas, conforme informações do IDados.
Elaine Pacheco, coordenadora do Núcleo de Empregabilidade da FAE Centro Universitário, destaca que a contratação dessa faixa etária é um grande desafio que não é tratado como prioridade. “Se o percentual de pessoas mais velhas empregadas não aumentar, podemos sofrer um bug de mão de obra”, avalia a professora.
Pacheco destaca que o preconceito etário é cultural, e muitas empresas ainda conservam um pensamento antiquado de que essa faixa etária não é capaz de se adaptar ao novo mercado, às novas tecnologias, ao ambiente de trabalho mais dinâmico.
As poucas oportunidades para os profissionais 50+ aparecem em maior número no segmento de serviços, como consultorias. Ou seja, eles tornam-se consultores, autônomos e freelancers e a transição para esse tipo de negócio pode não ser uma tarefa fácil.
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“Eu tenho me deparado muito com exemplos assim na FAE Business School, onde também leciono. São profissionais com muita experiência de mercado, mas que precisam de atualização em áreas específicas do conhecimento. Então, quando é necessário um aprendizado rápido, mas com profundidade, eles optam por fazer alguns módulos ou disciplinas de pós-graduação individuais, sem a necessidade de cursar uma especialização completa.”, diz.
Apenas o envio de currículos já não é tão eficiente para os profissionais desta faixa etária. É necessário a busca por qualificação, novos conhecimentos, se envolver com a tecnologia e redes sociais como o LinkedIn para compartilhar experiências e principalmente promover a educação continuada.
A educação continuada tem muitas vantagens. Aumento de remuneração, desenvolvimento da capacidade de adaptação, atualização das ferramentas de tecnologia, maiores oportunidades de emprego e desenvolvimento de carreira, ampliação do repertório de conhecimento e do networking são algumas delas.
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