Número de indígenas inscritos no Vestibular 2022 teve aumento de 40% em relação a 2021
Ao todo, 780 inscritos concorrem a 52 vagas para graduação nas sete universidades estaduais do Paraná e também na UFPR
Acontece neste domingo e segunda-feira, 12 e 13 de junho, mais uma edição do Vestibular dos Povos Indígenas do Paraná em todo o estado. Com 780 inscritos, são 52 vagas para ingressar em uma das sete universidades estaduais e a Federal do Paraná.
As provas serão aplicadas nas cidades de Curitiba, Londrina, Manoel Ribas, Nova Laranjeiras e Mangueirinha. No primeiro dia, haverá prova oral de Língua Portuguesa e, no segundo, questões objetivas sobre conhecimentos gerais e redação. O resultado será divulgado em 1º de julho.
De acordo com a Secretaria de Educação do Paraná, o número de candidatos nesta edição do vestibular é 40% maior que o total registrado no ano passado, quando 550 indígenas participaram do vestibular.
No Paraná, vivem cerca de 25 mil pessoas indígenas pertencentes a diferentes etnias, como Kaingang e Guarani, além de familiares descendentes dos Xetás e Xoklengs.
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Atualmente, 265 estudantes indígenas estão matriculados em cursos de graduação, a partir dessa modalidade diferenciada de vestibular. Até 2021, 166 alunos concluíram os cursos, em diferentes áreas do conhecimento.
ALUNOS INDÍGENAS NA UEM — Atualmente, a Universidade Estadual de Maringá tem 54 indígenas estudando nos cursos de graduação presencial e a distância. No presencial, cursam Arquitetura e Urbanismo, Biomedicina, Direito, Educação Física, Enfermagem, História, Medicina, Odontologia, Pedagogia, Psicologia e Serviço Social; na modalidade EAD, os cursos com indígenas matriculados são Ciências Biológicas, História, Letras e Pedagogia.
Para evitar a evasão da universidade, a UEM oferece bolsa-auxílio, oriunda da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) do Paraná; monitorias específicas (Programa de Inclusão e Permanência de Alunos Indígenas/Proindi), o apoio dos conselhos acadêmicos de cursos, da Associação Indigenista de Maringá (Assindi) e o acompanhamento da Cuia/UEM.