Inscrições para o vestibular dos povos indígenas da UEM segue até 30 de abril
Nesta terça-feira (19), professores da instituição vão até aldeias da região para inscrever candidatos no vestibular para conquista do ensino superior
Em sua 21ª edição, o vestibular dos povos indígenas segue com inscrições abertas até 30 de abril para o ano letivo de 2022. Ao todo, são 52 vagas disponíveis nas sete universidades estaduais e a federal do Paraná
Para se inscrever online, basta acessar o site da Unespar (Universidade Estadual do Paraná) - responsável pela organização do concurso. Em Maringá, professores da UEM ligados à Comissão Universidade para os Índios (Cuia) têm se deslocado até às aldeias da região para realizar a inscrição dos interessados no ensino superior.
Nesta segunda-feira (18), representantes da Cuia UEM visitaram as comunidades Ivaí, em Manoel Ribas, e Faxinal, em Cândido de Abreu. E hoje (19) estarão em contato com os indígenas das comunidades de Koe Ju Porã e de Marrecas, ambas no município de Turvo.
POVOS INDÍGENAS NA UEM — Em 52 anos, a Universidade Estadual de Maringá já graduou 43 indígenas. Atualmente a instituição possui 54 alunos matriculados nos cursos presenciais de Arquitetura e Urbanismo, Biomedicina, Direito, Educação Física, Enfermagem, História, Medicina, Odontologia, Pedagogia, Psicologia e Serviço Social. Na modalidade a distância, os cursos de Ciências Biológicas, História, Letras e Pedagogia também possuem indígenas matriculados.
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Além deste trabalho para garantir o ingresso dos povos indígenas na UEM, a universidade tem se empenhado para a permanência destas comunidades na instituição. Para isso, oferece apoio institucional com oferta de bolsa-auxílio, oriunda da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti); monitorias específicas (Programa de Inclusão e Permanência de Alunos Indígenas/Proindi), e o suporte de setores como a Pró-Reitoria de Ensino (PEN). Conta, ainda, com apoio dos conselhos acadêmicos de cursos e da Associação Indigenista de Maringá (Assindi).
Com essas ações e trabalho intenso da Comissão Universidade para os Índios, a UEM conseguiu reduzir o índice de evasão de alunos indígenas ao longo dos anos. Os acompanhamentos a esses estudantes são constantes, incluindo viagens às aldeias. Há ainda uma sala exclusiva na Biblioteca Central (BCE) da universidade.
Dessa maneira, a UEM é a instituição de ensino superior do Paraná que mais formou indígenas e a que mais possui alunos destes povos matriculados no sistema estadual de ensino superior. Também foi a única universidade a realizar, no vestibular passado, uma segunda chamada para a ocupação de vagas ociosas.