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Considerada uma das melhores cidades para viver, Maringá possui o maior índice de locação do Paraná

Pesquisa aponta que 50 mil famílias maringaenses vivem de aluguel, o equivalente a 32% da população, índice superior à média nacional de apenas 18%

Considerada uma das melhores cidades para viver, Maringá possui o maior índice de locação do Paraná
Universitários vindos de outras cidades relatam os desafios e dão dicas de como fazer uma boa locação em Maringá.

De acordo com o levantamento realizado pela SindusCon-PR/Noroeste e Sebrae/PR, Maringá é a cidade com o maior índice de locação do Paraná com cerca de 50 mil famílias morando de aluguel, equivalente a 32% da população, ultrapassando o índice da capital Curitiba (21%) e a média nacional (18%).

Os motivos para esse número expressivo são variados. Continuamente eleita uma das melhores cidades para se viver, Maringá atrai pelas oportunidades de emprego, qualidade de vida e principalmente pelo polo universitário que possui. 

De acordo com dados da Imobiliária Silvio Iwata, o primeiro e o último quadrimestre do ano geralmente apresentam aumento de 25% em locações e a previsão é que esse índice seja ainda maior este ano devido à normalização das atividades econômicas. 

Apenas na Universidade Estadual de Maringá, dos 11,5 mil alunos matriculados, 48% são de outras cidades que, em sua maioria, buscam apartamentos ou casas para alugar antes do início do ano letivo. Esse foi o caso de Ana Beatriz, de 21 anos, que saiu de Umuarama para cursar Arquitetura e Urbanismo na UEM. 

“Fui aprovada na UEM no ano passado. Enquanto as aulas eram remotas eu ficava dando uma olhada nos imóveis da cidade, sonhando e planejando tudo pra me mudar pra cá. E agora esse momento finalmente chegou”, comemora a agora veterana. 

Ana afirma que muito antes do vestibular ela já visitava sites de locação em Maringá para acompanhar os preços e, junto de sua família, se organizar financeiramente para a mudança. Apesar do tempo gasto com planejamento, a universitária afirma que o processo não foi fácil. 

“Eu já tinha uma média de preços que estariam dentro do meu orçamento, que seria entre 500 e 600 reais. Aqui em Umuarama, com esse valor, você aluga um apartamento ou kitnet bacana, mas em Maringá foi nítido que eu teria que investir um pouco mais em aluguel para conseguir um imóvel com a localização e ambiente ideal e infelizmente não teria como bancar sozinha”, destaca. 

Ao acompanhar os preços e disponibilidades durante o ano em isolamento, Ana Beatriz afirmou que conseguiu filtrar bem as oportunidades e encontrar um colega de quarto para dividir os custos e, apesar do pé atrás com a decisão, a estudante relata que a experiência tem sido surpreendente. 

“Foram meses até encontrar o lugar ideal. A universidade ia voltar presencial e eu tava com tanto medo de perder o apartamento que paguei o seguro caução e assinei o contrato de 1.200 reais sem ao menos ter uma colega de quarto para dividir as despesas. Esse foi o momento que me bateu desespero. Anunciei em todos os grupos possíveis e em duas semanas conversei com umas oito meninas, estava até desanimando, mas deu tudo certo. Faz quatro meses que estamos morando juntas e tem sido uma parceria muito boa, fiquei até surpresa, além de conseguir economizar bastante em uma cidade onde tudo é caro”, brinca. 

Se pudesse dar uma dica a todos que buscam um aluguel em Maringá, Ana Beatriz destaca que é importante estabelecer prioridades. “No meu caso, eu prezava muito por uma boa localização e um apartamento espaçoso. Quando vi que não estava no meu orçamento, decidi abrir mão de viver sozinha e busquei alguém pra dividir. Eu estava receosa de não dar certo mas felizmente encontrei alguém legal e que me relaciono super bem. Sem dizer que cada uma tem seu quarto, então ainda consigo ter o meu espaço e ela o dela. É um bom negócio.”, finaliza.

DICAS — Procurar um imóvel não é uma tarefa fácil. Além de ser necessário paciência e tempo, a atenção é fundamental para não cair em furadas. O Maringa.Com separou algumas dicas que podem ser de grande importância na hora de procurar um novo lar.

VISTORIAR É FUNDAMENTAL 

O primeiro passo para alugar o primeiro imóvel sem erros é fazer uma vistoria minuciosa na propriedade. Essa etapa é essencial não apenas para garantir que a unidade possui condições adequadas para ser uma habitação, mas também para determinar o que é de sua responsabilidade em termos de reparo na hora de finalizar o contrato. Procure tirar fotos detalhadas e datadas de cômodos, paredes, teto, armários e eletrodomésticos, se for o caso.

ATENÇÃO NAS TAXAS

É fundamental combinar quem vai pagar os gastos relativos ao imóvel durante o período de locação. Algumas dessas taxas podem ser o IPTU, condomínio e demais despesas. 

CONTRATOS ADEQUADOS

Um bom contrato de aluguel é indispensável para evitar problemas no aluguel. É preciso estipular, por exemplo, o tempo de duração, que costuma variar entre dois ou três anos. Também é fundamental anotar o valor da locação, o dia da cobrança, as observações da vistoria, as eventuais multas pela rescisão e o que ficou combinado sobre o pagamento de despesas extraordinárias.

SEM PRESSA

É imprescindível não ter pressa, pois isso pode precipitar uma escolha errada. Analise e visite tantas propriedades quanto puder e anote os pontos positivos e negativos de cada uma. Avalie também com atenção o seu orçamento, de forma que o preço de locação da sua futura casa ou apartamento caiba efetivamente no seu bolso.

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