CINEMA

Com avanço da vacinação, público tem se sentido seguro em voltar às salas de cinema

Sucessos de bilheteria como “Duna” e "Venom 2" demonstram que as pessoas estão dispostas a voltar a assistir aos filmes nas grandes telas

Com avanço da vacinação, público tem se sentido seguro em voltar às salas de cinema
Mesmo com o reinado dos streamings e todo o conteúdo oferecido sem precisar sair de casa, a experiência dos cinemas tem feito falta. - Foto: Divulgação/Cineflix

O avanço na vacinação estimulou o retorno de alguns hábitos que tinham sido impossibilitados graças à pandemia, principalmente aqueles relacionados à cultura e lazer, como é o caso dos fãs que esperavam pelas estreias cinematográficas. 

Recentemente, o jornalista Luiz Gabriel Ferro voltou ao cinema depois de um ano e meio assistindo a filmes na tela de seu computador. “Foi uma sensação familiar [estar de volta ao cinema], mas ao mesmo tempo um pouco nova porque fazia tanto tempo desde a última vez que fui, que tinha até esquecido como era'', afirma.

Assim como Luiz, a maioria da população brasileira decidiu aguardar até ter o esquema vacinal completo para voltar a alguns hábitos praticados antes da chegada do coronavírus. Em janeiro de 2021, uma pesquisa da Hibou, feita em parceria com o HUB Cultural, apontou que 67% dos brasileiros se sentiriam confortáveis para realizar atividades culturais fora de casa somente após a imunização.

CINEMA DENTRO DE CASA — A pesquisa da Hibou ainda aponta que 75% dos entrevistados pensavam no cinema como o principal programa cultural. Mas, durante os meses de quarentena, com os cinemas fechados, o consumo de conteúdos cinematográficos mudou de forma.

De acordo com um relatório da Motion Pictures Association (MPA), os streamings, que têm investido cada vez mais em conteúdos originais, tiveram um aumento global de 26% em assinaturas durante a pandemia. Essa porcentagem corresponde a 232 milhões de novas contas em 2020.

O Brasil fica atrás apenas dos Estados Unidos e é o segundo maior mercado da Netflix no mundo - a plataforma pioneira desse modelo de consumo de entretenimento. São 17 milhões de assinantes, número superior aos de tv a cabo, que somam cerca de 14,5 milhões de pessoas.

Luiz, que costumava ir ao cinema sempre que uma estreia chamava sua atenção, passou a consumir os filmes dentro de seu quarto. “Eu acabei assistindo muita coisa que ia lançando [pelas plataformas de streaming] e foi o único meio no qual eu consumi filmes durante esse período todo de isolamento social, por conta dos streamings como Netflix, Amazon Prime, Disney e HBO Max”, explica.

Porém, o jornalista destaca que a experiência de assistir a um filme no cinema ainda é sua preferida. “Eu consigo mergulhar muito mais nas histórias do que se eu tivesse em casa, onde é possível pausar o filme e ir fazer outra coisa ou se distrair olhando o celular. Eu me conecto muito mais ao filme do que se eu tivesse assistindo ele em casa, por exemplo”, completa

SUCESSOS DE BILHETERIA — Algumas estreias recentes de filmes esperados pelo público têm mostrado que as pessoas estão dispostas a retornar ao cinema. “Duna”, adaptação do diretor Denis Villeneuve do livro de Frank Herbert, teve a melhor estreia do estúdio Warner Bros durante a pandemia, arrecadando mais de US$ 40 milhões no final de semana de estreia e US$ 220 milhões no mundo todo, mesmo com seu lançamento simultâneo na plataforma HBO Max em alguns países. No Brasil, o faturamento de bilheteria do filme chegou a R$ 5 milhões.

“Venom - Tempo de Carnificina”, o segundo filme do personagem da Marvel, está no topo da bilheteria nacional há três semanas, com um faturamento de R$ 6,3 milhões. O longa estrelado por Tom Hardy arrecadou mais de R$ 3 milhões em sua estreia, o melhor número de bilheteria alcançado até então durante a pandemia no país.

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Maringa.Com