OUTUBRO ROSA

Médicos de Singapura descobrem novo método de tratamento para o câncer de mama

A pesquisa foi publicada na Revista News Medical e serve para tratamentos do tipo mais agressivo de câncer, o triplo negativo (CMTN)

Mulher com regata apalpando os seios, realizando e exame de toque com uma fita rosa presa em sua roupa
Publicada na Revista News Medical, o novo método utiliza-se de um medicamento antineoplásico chamado bexaroteno para facilitar esse processo antes da quimioterapia. - Foto: Reprodução/Shutterstock

Cientistas do Centro Nacional do Câncer de Singapura descobriram um novo método para combater o câncer de mama do tipo triplo negativo, um dos mais críticos estados da doença. 

Publicada na Revista News Medical, o novo método utiliza-se de um medicamento antineoplásico chamado bexaroteno para facilitar esse processo antes da quimioterapia que ainda é o tratamento padrão básico.

BEXAROTENO — Durante as pesquisas foi notado que as células cancerosas mudam entre diferentes estados celulares, incluindo mudar de menos agressivas (epiteliais) para mais agressivas (mesenquimais) e vice-versa. Tal processo biológico é denominado transição mesenquimal-epitelial, e a equipe usou um medicamento antineoplásico chamado bexaroteno para facilitar esse processo no trabalho pré-clínico do câncer de mama, antes da aplicação da quimioterapia.

TESTES CLÍNICOS — De acordo com informações da News Medical, a equipe de pesquisadores já anunciou o início de um ensaio clínico humano, denominado BEXMET, com previsão de duração de três anos, para investigar se esta abordagem funciona fora do ambiente de laboratório.

“As descobertas laboratoriais publicadas em um jornal científico nem sempre se traduzem no ambiente clínico por várias razões. Para nosso estudo, existe uma versão de grau clínico do indutor de transição mesenquimal-epitelial (bexaroteno), o que facilitou significativamente a tradução direta para o cenário clínico. Esperamos que os resultados do BEXMET sejam o primeiro passo na introdução de um novo conceito no tratamento do câncer,” afirma a Dra. Elaine Lim, coordenadora do estudo.

Diário da Saúde