Obra "Magó, feminino é sagrado" é inaugurada em Maringá
A obra “Magó, feminino é sagrado” é um projeto proposto pelo coletivo Kókir, composto pelos artistas plásticos Sheilla Souza e Tadeu dos Santos Kaingang
No dia Internacional da Igualdade Feminina, 26 de agosto, o prefeito de Maringá, Ulisses Maia, inaugurou a obra “Magó, feminino é sagrado” na Praça de Todos os Santos. O monumento foi instalado em frente ao Teatro e leva o nome da maringaense, Maria Glória Poltronieri Borges (Magó), vítima de violência em janeiro de 2020.
A obra “Magó, feminino é sagrado” foi viabilizada por meio do Prêmio Aniceto Matti, da Secretaria de Cultura da Prefeitura de Maringá, em projeto proposto pelo coletivo Kókir, composto pelos artistas plásticos Sheilla Souza e Tadeu dos Santos Kaingang.
O prefeito, Ulisses Maia, destacou a importância das políticas públicas para construção de uma sociedade igualitária e propôs colocar em prática um trabalho educacional e cultural permanente nas escolas municipais. “Um dia de luta pela igualdade. Um ato de resistência e uma forma de homenagear mais uma vez a inesquecível e iluminada Magó”, disse o prefeito sobre o ato.
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“Esse teatro é a casa da Magó. Aqui ela se apresentou pela última vez. Aqui ela desenvolveu grandes espetáculos e parcerias. Magó emanava luz”, disse o pai de Maria Glória, Maurício Borges. Para o secretário de Cultura, Victor Simião, o momento foi de muita emoção e histórico para a cidade. “Maringá será resistência, sempre. E Magó sempre será lembrada”, disse Victor.
A Secretaria de Políticas Públicas para Mulheres, Terezinha Pereira, reforçou que das milhares de mulheres brasileira que saem de casa para trabalhar e estudar, entre outros motivos, 13 são assassinadas por dia. “São mortas por serem mulheres. Essa dor, como a do Maurício (pai de Magó), é a dor de 13 pais, 13 mães, filhos, amigos e familiares diariamente”, disse a secretária.
MAGÓ - Maria Glória Poltronieri Borges foi morta em uma chácara em Mandaguari, em janeiro de 2020. O feminicídio chocou o Paraná e gerou protestos contrários à violência contra a mulher em vários países. Magó era uma mulher versátil. Praticava capoeira. Dava aulas de balé e cursava artes visuais na Universidade Estadual de Maringá. Era bailarina como a mãe, Daísa Poltronieri, e apresentou sua arte em várias cidades e países do mundo.