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Litoral do Paraná tem redução de 11% nos afogamentos, mas aumento de mortes

O comparativo feito pelo Corpo de Bombeiros apontou que as mortes ocorreram em áreas não protegidas por guarda-vidas

Litoral do Paraná tem redução de 11% nos afogamentos, mas aumento de mortes
O comparativo foi feito com o mesmo período da temporada anterior, que apontou que as mortes por afogamento ocorreram em áreas não protegidas por guarda-vidas. - Foto: Divulgação

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o Paraná teve redução de 11% (de 569 para 506) no número de afogamentos no litoral nos primeiros 30 dias de verão, porém, o número de mortes dobrou: de três para seis óbitos registrados em um mês.

O comparativo foi feito com o mesmo período da temporada anterior, que apontou que as mortes por afogamento ocorreram em áreas não protegidas por guarda-vidas. “As pessoas acabam entrando em áreas que estão indicadas inclusive com placas de perigo e acabam morrendo”, disse o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Samuel Prestes.

Segundo a estatística dos bombeiros, realizada de 19 de dezembro a 18 de janeiro, dos 506 afogamentos registrados neste verão, 465 terminaram com as vítimas ilesas, sem dificuldades para sair da água. Já nos outros 47 casos, 32 foram de afogamentos leves, seis moderados, três casos mais graves e seis mortes.

Outros serviços de praia caíram no período analisado, como as orientações (-21%), advertências (-25%) e distribuição de pulseirinhas (-76%). Por outro lado, as equipes atenderam mais acidentes de trânsito (de 84 saltou para 93), aumento de 13%.

Os incidentes com águas-vivas, que geralmente são recorrentes na praia, tiveram redução. No período analisado, a queda foi de 79%, ou seja, de 3.430 reduziu para 708 casos. A queda se deve ao menor número de pessoas na praia e as mudanças naturais do mar.

A prevenção aos afogamentos continua forte nas praias. Nos primeiros 30 dias deste verão, houve 16.073 advertências e 33.989 orientações a banhistas, números inferiores aos do mesmo período do ano passado, quando foram 21.347 advertências e 43.307 orientações, queda de 25% e de 21%, respectivamente.

Acompanhando a redução desses quesitos, a entrega de pulseirinhas de identificação foi de 2.991 unidades, uma diferença de 9.306 em comparação com os mesmos 30 dias da temporada passada, quando foram 12.297 pulseiras entregues.

“Indicamos que procurem sempre as áreas entre as bandeiras vermelha com amarelo, ou de preferência em frente aos Postos de Guarda-Vidas para sua diversão no mar, pois são áreas que foram estudadas, onde o fundo do mar e as correntes são mais suaves e ainda têm a proteção do guarda-vidas”, explicou Prestes.

O Corpo de Bombeiros também reforça que o papel do guarda-vidas é de orientar e prevenir o afogamento, mas as pessoas devem colaborar com o trabalho evitando locais afastados, que possuam placas ou bandeiras pretas.

“Estamos na operação Verão Consciente até por conta da pandemia do coronavírus, mas as pessoas também devem ser conscientes em procurar locais seguros para a sua diversão, e o melhor lugar para isso é na área indicada pelo guarda-vidas. Ele está na areia para ajudar, para que a pessoa tenha um momento de lazer seguro”, afirmou o comandante.

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