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A importância no diagnóstico do câncer de mama

O Outubro Rosa chegou e com ele o aviso de que o autoexame e a rotina clínica não podem parar

A importância no diagnóstico do câncer de mama
Entre as brasileiras, o câncer de mama é a neoplasia que mais mata. - Foto: Reprodução

O Outubro Rosa chegou e com ele o aviso de que o autoexame e a rotina clínica não podem parar. Todos os anos, a sociedade médica se dedica para alertar sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama, que é o mais incidente entre as mulheres do mundo todo.

São mais de 2 milhões de casos por ano, apenas no Brasil, estima-se que serão diagnosticados 66.280 casos novos de câncer de mama em 2020.

Entre as brasileiras, o câncer de mama é a neoplasia que mais mata. Dados recentes apontam uma taxa de mortalidade de 13,84 óbitos por 100 mil mulheres. As regiões Sul e Sudeste apresentam os maiores números, com 14,64 e 14,76 óbitos por 100 mil, respectivamente.

O câncer de mama pode ser desencadeado por diversos fatores (ambientais, hormonais e comportamentais), sendo somente de 5% a 10% dos casos genéticos ou hereditários.

Embora pouco falado, o câncer de mama não é exclusivo de mulheres. Os homens representam 1% do total da incidência anual. O Atlas de Mortalidade por Câncer de 2018 mostra que das 17.763 pessoas que não venceram a doença, 189 eram homens.

Cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis, tais como: a prática de atividades físicas, alimentação saudável, controle do peso, o não-consumo de bebidas alcoólicas e o não-uso de hormônios sintéticos, como anticoncepcionais e terapias de reposição hormonal.

Sandra Machado, que realizou o tratamento no Centro de Oncologia do Paraná, compartilhou sua história com o câncer de mama. Ela, que chegou a criar um blog para ajudar outras mulheres na mesma condição, apegou-se a fé e enfrentou tudo com grande otimismo.

“Pensei que o que tivesse que ser feito eu faria e o resto colocaria nas mãos de Deus. Em nenhum momento pensei que morreria ou deixaria minha família”, contou. Diagnosticada aos 44 anos, ela descobriu o câncer devido a sintomas característicos de mastite, o que ela já havia experimentado 17 anos antes, à época da amamentação.

Mama pesada, volume aumentado e pele avermelhada. Mas, após a biópsia, veio a informação: câncer em estágio avançado. A primeira pessoa a saber foi a sua filha e depois todos do seu convívio. “Procure contar com sua família, seus amigos. Não tenha vergonha de pedir ajudar, de falar que está frágil. A ajuda vem das formas mais inesperadas”.

A mastectomia radical feita em novembro de 2018 continua sem reconstrução. Após a cirurgia, a paciente tem um período de 5 anos para fazer o implante, mas não é o que Sandra planeja. Ela assegura que se sente confortável com o corpo assim.

Assim como Sandra, Paola iniciou o tratamento assim que recebeu a notícia. Após 20 sessões de quimioterapia, ela realizou à cirurgia. “Confesso que senti um alívio quando fiz a cirurgia, a parte doente de mim foi embora. As cicatrizes que tenho hoje levo como símbolo da minha vitória”, detalha.

Ela fez também imunoterapia e radioterapia e continua com a terapia hormonal, prevista por cinco anos.  A mastectomia radical a que foi submetida ainda traz algumas angústias, principalmente no período dos exames de controle, mas ela segue bem e saudável.

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