Correios do Paraná entram em greve nesta terça-feira (18)
Ao todo devem aderir à greve cerca de 5,8 mil funcionários dos Correios no Paraná, impactando nos serviços prestados pela empresa em todo estado
O SINTCOM-PR (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Comunicações Postais, Telegráficas e Similares do Paraná) aprovou na noite desta segunda-feira (17), greve geral a partir desta terça-feira (18) nas agências dos Correios do estado.
A votação foi feita pela live do sindicato no Facebook e recebeu massiva aprovação dos trabalhadores, contando com apenas seis votos contrários.
Ao todo devem aderir à greve cerca de 5,8 mil funcionários dos Correios no Paraná, impactando nos serviços prestados pela empresa em todo estado.
A recomendação do sindicato é que os trabalhadores não façam greve presencial na frente das agências dos Correios, evitando assim aglomerações durante a pandemia da Covid-19.
Segundo o sindicato, os Correios excluíram 70 dos 79 benefícios estipulados pela categoria em acordo coletivo que estaria vigente até 2021.
Entre esses benefícios estão 30% de adicional de risco, plano de saúde, vale alimentação e auxílio creche. O sindicato aponta que essas reduções podem diminuir o salário dos trabalhadores em quase 50%.
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O sindicato ainda aponta que os Correios estão prejudicando deliberadamente os direitos dos funcionários no intuito de facilitar a privatização da empresa.
Essas reivindicações dos funcionários haviam sido acatadas pelo TST (Tribunal Superior do Trabalho) em 2019, mas uma decisão liminar do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Dias Toffoli, suspendeu os efeitos do acordo na instância laboral.
A decisão do SINTCOM-PR deve vir acompanhada dos demais 36 sindicatos da área de todo Brasil e a expectativa é que 60 mil trabalhadores dos Correios paralisem suas atividades a partir desta terça-feira.
Para encerrarem a greve, os sindicatos exigem que os Correios voltem a negociar a retomada dos benefícios ou que a liminar no STF seja derrubada.
Em nota, os Correios negaram que pretendem suprimir direitos dos empregados e que a economia prevista com o ajuste dos benefícios será de mais de R$ 600 milhões por ano.