Atleta paranaense conquista título de brasileira mais jovem a concluir travessia do Canal da Mancha
Com apenas 16 anos, Mariana concluiu uma travessia de 33 km localizado nas águas frias entre a Grã-Bretanha e França
A atleta paranaense Mariana Chevalier se tornou a brasileira mais jovem a concluir a travessia do Canal da Mancha, entre a Grã-Bretanha e a França. Com apenas 16 anos, Mariana realizou todo o percurso, de 33 km, em 11 horas e 55 minutos. A partida ocorreu na manhã da última quinta-feira (30) às 5h30. O recorde anterior pertencia à paraibana Kay France, que realizou a prova em 1979 quando tinha apenas 17 anos.
De acordo com entrevista concedida à Globo, Mariana Chevalier afirma que a preparação para a travessia do Canal da Mancha começou no início do ano, após se recuperar de uma lesão em seu ombro. Com a pandemia do Coronavírus, a atleta passou algumas semanas sem treinar até encontrar locais adequados para se preparar. Neste período, a jovem nadava em piscinas sem aquecimento em Curitiba, para se habituar às congelantes aguas inglesas.
Ainda no período de treinamentos Mariana participou da travessia do Leme ao Pontal, realizada no Rio de Janeiro. Além de ser a atleta mais jovem a concluir o percurso, Mariana também conquistou a posição da terceira melhor entre as competidoras femininas na história da travessia. A participação na travessia carioca foi a mais semelhante ao Canal da Mancha, incluindo distância, horário e temperatura.
"A distância foi um desafio, porque chega uma hora que você fica muito cansado. Mas o que mais me incomodou mesmo foi o frio, porque eu comecei a nadar eram duas da manhã e era uma temperatura a que eu não estava acostumada. Mesmo que eu já tivesse treinado em piscinas sem aquecimento em Curitiba, não chegava perto da temperatura da água do mar de madrugada no Rio de Janeiro. Eu passei mal por causa do frio, me senti enjoada, um pouco desnorteada e isso me incomodou bastante durante a prova" afirma a atleta em entrevista à Globo.
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A atleta afirma em entrevista concedida a Agência Estadual de Notícias do PR que o treinamento não foi fácil, mas que continuou motivada principalmente por conta da complexidade do desafio. “Quando eu soube que era a travessia mais difícil que tem, pensei que seria uma ótima prova pessoal”, diz ela.
Para o percurso ser validado, os atletas não devem usar trajes de neoprene. Os participantes podem trajar apenas maios ou sungas em águas de temperatura entre 14°C e 18°C, e o início da prova duarnte a madrugada não facilita na sensação térmica.
Apesar da temperatura e distância desafiadores, Mariana conta à AEN que teve outros obstáculos durante a realização da prova. “Também levei queimaduras de água-viva nos braços e rostos e acabei presa em uma correnteza 2 horas sem conseguir sair do lugar. No final deu tudo certo e estou muito feliz”, afirma.