Mais de 20 mulheres paranaenses foram vítimas de feminicídio no primeiro trimestre de 2020
De 2017 a 2019, o Crammm realizou 5.543 atendimentos por meio de assistentes sociais, psicólogos e advogadas
“Uma lei sancionada pelo Governo do Estado, tornou a data da morte da advogada Tatiane Spitzner, 22 de julho, em Dia de Combate ao Feminicídio no Paraná”, disse a diretora da Secretaria de Políticas Públicas para Mulheres (Sumulher), Ana Neri, no ato simbólico de combate ao feminicídio, na Praça da Catedral. A ação faz parte da Semana de Combate à Violência Contra a Mulher, iniciada na segunda-feira (20). Em 2019, 89 mulheres foram vítimas de feminicídio no Paraná e no primeiro trimestre deste ano, 23.
Neste ano, a Semulher reforçou a rede proteção com “Botão do Pânico”, dispositivo móvel entregue de acordo com decisão do Poder Judiciário, acionado pelas mulheres em situação de violência doméstica quando se sentirem ameaçadas - em especial quando o agressor descumprir medidas protetivas.
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De 2017 a 2019, o Crammm realizou 5.543 atendimentos por meio de assistentes sociais, psicólogos e advogadas. Neste mesmo período, 7.214 boletins de ocorrência foram registrados pela Delegacia Especializada da Mulher e 3.081 medidas protetivas foram adotadas. Em 2020, até de junho, foram 503 novas medidas. Em casos de risco iminente de morte, a mulher é encaminhada para a Casa-abrigo de Maringá. O local temporário, de endereço sigiloso, oferece proteção e atendimento integral às vítimas 24 horas por dia.
O serviço da Patrulha Maria da Penha conta com auxílio da Guarda Municipal de Maringá. A força-tarefa especial de atenção às mulheres em situação de violência, monitora as vítimas garantindo o cumprimento das medidas protetivas. São duas equipes e viatura exclusiva para as ações. Desde que foi implantada, em setembro de 2017, a Patrulha Maria da Penha já realizou mais 2700 medidas protetivas.