DAG/UEM segue orientando pequenos agricultores de forma virtual
Durante pandemia, DAG desenvolve experimento com plantio direto em hortaliças
O Departamento de Agronomia e Programa de Pós-Graduação em Ciências Econômicas (PCE) da Universidade Estadual de Maringá (UEM) continuam desenvolvendo, durante o período de isolamento social, o projeto de Extensão do Centro de Referência (Cer) em Agricultura Urbana e Periurbana (AUP), orientando de forma remota os agricultores familiares no cultivo de 39 Hortas Comunitárias, que abastecem aproximadamente 1.050 famílias.
Segundo Ednaldo Michellon, coordenador do projeto, durante a pandemia a assistência vem sendo realizada de forma virtual, em função de a maioria dos agricultores serem do grupo de risco por possuírem mais de 60 anos. “A assistência tem sido realizada via vídeos, pelo WhatsApp, com orientações sobre os diversos manejos de produção” explica.
O CerAUP/UEM visa promover Assistência Técnica e Extensão Urbana (Ater) na linha da agroecologia e da economia solidária, que contribuem para o empoderamento social dos atores envolvidos nos programas de AUP na Região Metropolitana de Maringá (RMM), trazendo inúmeros benefícios na melhoria da alimentação e na geração de trabalho e renda às famílias envolvidas.
“Os profissionais e estudantes, juntamente com os colaboradores da Prefeitura de Maringá, procuram contribuir com a Ater nas Hortas Comunitárias de Maringá, construídas em terrenos abandonados e/ou ociosos, proporcionando melhores condições de vida às famílias mais necessitadas e/ou interessadas, para que elas consigam produzir seu próprio alimento de maneira saudável, sem o uso de agrotóxicos e fertilizantes sintéticos” explica Michellon.
Essa segurança alimentar e nutricional também beneficia toda população que se localiza ao redor desses espaços de agricultura urbana, por meio da venda do excedente da produção, por preços bem mais baixos que nos mercados convencionais.
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Ao todo são 14 profissionais, Agrônomos, Economista e estudantes de agronomia, envolvidos no projeto que surgiu por meio dos investimentos conquistados junto ao extinto Ministério de Desenvolvimento Econômico e Social e Combate à Fome – MDS, em 2008, e que teve seus recursos ampliados com outros convênios com o próprio MDS e com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
“O CerAUP tem sido fundamental para o crescimento da agricultura urbana e da Agroecologia, pois esses trabalhos geram muitas sinergias, que são os alicerces para a existência de interdisciplinaridade e a manutenção da tríade ensino, pesquisa e extensão, estando alinhados com vários dos novos ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU” justifica Michellon.
EXPERIMENTO DURANTE A PANDEMIA – Com a paralisação das assistências presenciais, bolsistas do CerAUP, juntamente com profissionais da Prefeitura da cidade, começaram a desenvolver um experimento na horta comunitária no Jardim Guaiapó, uma área de 96 m², sobre sistema de plantio direto em hortaliças.
O experimento conduzido terá como principal objetivo analisar os benefícios da cobertura vegetal sobre o solo como, por exemplo, o aumento da matéria orgânica e seus benefícios, melhor estrutura e também maior proteção do solo. Também serão analisados os benefícios da cobertura vegetal no controle de plantas daninhas, manutenção da umidade com menor consumo de água e sobre o desenvolvimento da alface que será implantada logo após o crescimento e corte da aveia, que será distribuída sobre o canteiro.
Esse projeto, já desenvolvido em outros lugares com a validação da pesquisa, mostrará aos agricultores as vantagens que os mesmos terão ao realizarem um plantio adequado de suas hortaliças e também uma melhor quantidade e qualidade de seus produtos.