TURISMO

Faturamento do Turismo em abril tem queda de mais de 54%, diz pesquisa

O setor terciário pode registrar o pior desempenho anual na série histórica da pesquisa, iniciada em janeiro de 2011.

Faturamento do Turismo em abril tem queda de mais de 54%, diz pesquisa
Foi a maior queda mensal de faturamento real desde o início dos levantamentos, iniciados há quase dez anos. - Foto: Reprodução/Me Joguei No Mundo

A Confederação Nacional do Comércio de Bens Serviços e Turismo (CNC) projeta uma retração de 5,6% no volume de receitas do setor de serviços em 2020. A estimativa tem como base os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) de abril, divulgada nesta quarta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Confirmada a previsão, o setor terciário pode registrar o pior desempenho anual na série histórica da pesquisa, iniciada em janeiro de 2011.

“Além da contração do consumo das famílias, a queda do nível de confiança dos serviços revela certa aversão à retomada dos investimentos diante do elevado grau de ociosidade corrente no setor”, afirmou o presidente da CNC, José Roberto Tadros. A última previsão da entidade para os serviços em 2020 havia sido em fevereiro, com base nos dados de 2019. Ainda sem os efeitos do novo coronavírus, a previsão, naquele momento, era de crescimento de 2,1% para o setor neste ano.

De acordo com a PMS, o volume de receitas do setor de serviços encolheu 11,7% em abril, em relação a março, já descontados os efeitos sazonais. Os serviços de alimentação e alojamento (-46,5%) e transporte aéreo (-73,8%) foram os que mais sofreram.

Já as atividades turísticas medidas pela PMS apresentaram quedas inéditas em abril. Após recuar 30% em março, o volume de receitas das atividades turísticas caiu 54,5% em abril. A CNC calcula que, em três meses, o setor de turismo perdeu quase R$ 90 bilhões em decorrência do novo coronavírus.

Foi a maior queda mensal de faturamento real desde o início dos levantamentos, iniciados há quase dez anos. Embora todos os grupos de atividades tenham registrado retrações, o resultado mensal foi particularmente influenciado pelas quedas inéditas na prestação de serviços às famílias (-44,1%) e no segmento de transportes, armazenagem e correio (-17,8%).

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