Manifestação contra genocídio negro e indígena será realizada em Maringá

Diante da repercussão global acerca do assassinato de George Floyd, homem negro de 46 anos que foi morto asfixiado por um policial de Minnesota no dia 25 de maio, diversos protestos do movimento antirracista têm ocorrido em todos os países há 10 dias consecutivos. Apesar do momento de pandemia, as manifestações atraíram milhares de pessoas.  

Em Maringá, militantes negros, indígenas e grupos independentes de antirracistas organizaram uma manifestação contra o genocídio negro e indígena agendada para este domingo (7) às 15 horas em frente à Catedral Basílica Menor Nossa Senhora da Glória de Maringá. A manifestação é denominada ‘Juventude Antirracista’. Os organizadores destacaram a importância do uso do ‘kit resistência’ composto por luvas, máscaras e álcool em gel. 

“Ir pra rua foi uma questão, devido ao contexto da pandemia do covid-19, no entanto, entendemos ser necessário [a manifestação] e tão importante quanto outros trabalhos básicos que estão sendo autorizados pelo Órgão de Saúde Mundial. Estamos em um momento da pandemia e simplesmente não sabemos quando vamos sair” afirmam em texto nas redes sociais. 

Além disso, a organização ainda pretende montar uma ‘brigada de saúde’, composta por voluntários da área que possam prestar apoio às medidas necessárias para evitar a propagação do covid-19 durante a manifestação. Serão disponibilizadas luvas, máscaras e álcool em gel para os presentes. Os responsáveis pelo movimento ainda destacam a importância em manter o distanciamento entre manifestantes e recomendam que idosos, crianças, pessoas do grupo de risco ou quem convive com elas, não compareçam. 

“Durante a manifestação teremos grupos disponibilizando álcool em gel, máscaras e luvas, também garantindo o distanciamento entre os manifestantes, contando com a colaboração de todos os presentes para tornar a ação menos nociva a nós e a população maringaense” finalizam.

INDÍGENAS – Os indígenas se colocam nesta manifestação em memória aos ancestrais que foram mortos por defenderem o direito de suas comunidades, a demarcação de suas terras e a preservação da natureza. Ainda de acordo com a organização do ‘Juventude Antirrascista’ os indígenas que estão ajudando a construir o ato não participarão fisicamente por conta da questão de saúde.