Paraná registra o pior índice de isolamento social desde março
O Coronavírus avançou 96% em menos de dois meses.
O Paraná registrou o pior índice de isolamento social (IIS) – 37,6% – na última sexta-feira (15) desde o dia 19 de março, quando o Estado teve a taxa em 37,4%. Nesse período, o número de casos da Covid-19 saltou de 23 para 2.242. Ou seja, a doença avançou 96% em menos de dois meses. O IIS é calculado pela empresa In Loco, especializada em tecnologia e que usa os dados de geolocalização de celulares.
No último sábado (16), a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou o registro de 103 novos casos em 24 horas, número recorde de confirmações desde o início da pandemia. Vinte destes casos são em Maringá. Além disso, o Paraná registra 123 mortes por coronavírus.
Com a queda no IIS, o Paraná está abaixo da média nacional – 42,5% – e tem o quarto pior índice de isolamento social do país. Apenas Goiás (36,29%), Tocantins (36,47%) – que decretou lockdown em mais de 30 cidades – e Mato Grosso do Sul (37,13%) têm taxas inferiores. Contudo, nenhum dos três estados registram mais casos que o Paraná.
QUEDA NO ÍNDICE PARANAENSE – Os dados mostram o relaxamento dos paranaenses no isolamento social. Se o recorte for apenas neste mês, o único dia que o IIS ficou acima de 50% no Paraná foi no dia 1º, feriado do Dia do Trabalhador. O levantamento ainda mostra que o maior IIS do Paraná foi 65,6%, registrado no dia 22 de março, um domingo. O Paraná teve o IIS acima de 50% em todos os dias de uma semana apenas na última de março.
O governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), já admitiu que o governo estadual tem um plano de lockdown caso seja necessário. Contudo, isso será estabelecimento conforme outros índices, como a taxa de ocupação de UTIs (Unidades de Terapia Intensiva). Segundo o último boletim da Sesa, os leitos hospitalares para adultos e crianças tem ocupação de 35% e 16%, respectivamente.
Por fim, a administração estadual ainda avalia que a situação do coronavírus ainda está sob controle, mas vê a chegada do inverno com preocupação já que prevê o aumento de casos de síndromes respiratórias.
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