SOLIDARIEDADE

Engenheiros Têxteis voluntários orientam sobre qualidade de EPIs

Engenheiros Têxteis voluntários orientam sobre qualidade de EPIs
Profissionais voluntários acompanham se produção de máscaras e aventais para a área da Saúde está dentro das Normas Técnicas da Anvisa. - Foto: Divulgação UEM
O combate à pandemia da Covid-19 no Brasil tem mobilizado diversos profissionais da Engenharia e no Paraná a situação não é diferente. Em Goioerê, Engenheiros que atuam no curso de Engenharia Têxtil da Universidade Estadual de Maringá (UEM) fazem a gestão de qualidade dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) fabricados para a Saúde, como máscaras e aventais. O objetivo é não colocar em risco os profissionais que atuam em hospitais com materiais não eficientes.

A missão dos profissionais de Engenharia Têxtil tem sido garantir as Normas Técnicas de produção, assim como a aplicação das orientações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo o diretor do Câmpus Regional da UEM em Goioerê, Engenheiro Têxtil Gilson dos Santos Croscato, a supervisão da produção é necessária para proteger quem irá utilizar os EPIs. “Aliar o conhecimento que a Engenharia nos proporcionou e fazer chegar aos mais necessitados por meio dessas máscaras e aventais, nos dá força para encararmos esse momento tão difícil”, ressalta.

Embora a produção inicial tenha sido para a área da Saúde, agora também atende as famílias carentes do município, com máscaras mais simples. Já foram mil peças produzidas e distribuídas. A produção foi realizada no Laboratório de Confecção da universidade. No início, houve falta de Tecido Não Tecido (TNT) e de mão de obra para confecções. Os problemas foram resolvidos com a parceria de indústrias têxteis, voluntários, docentes e acadêmicos da UEM. Os tecidos vieram de doação e os materiais que faltaram (elásticos e embalagens) foram adquiridos pelos professores.

“Para produzir as máscaras, tivemos o envolvimento de docentes e costureiras da comunidade que nos ajudaram na ação. A meta é chegar às 1.500 peças”, afirma Croscato. Ele também diz que a venda das máscaras rendeu alimentos para a população carente do município. “O Rotary Club também ajudou, converteu 200 máscaras em quase 500 quilos de alimentos não perecíveis”, explica.

Para Croscato, a Engenharia Têxtil tem um papel fundamental na sociedade. No curso, os acadêmicos aprendem a ter a visão de gestores, melhoria de processos e a desenvolver produtos que venham a contribuir com a população. “A Engenharia Têxtil sempre esteve próxima da área da saúde com desenvolvimento de fibras e tecidos técnicos, mas nunca imaginamos uma situação como essa, em que o uso de máscaras faciais é recomendado como um aliado na contenção da pandemia e pode salvar vidas” diz.

A fabricação de EPIs em Goioerê integra as ações do Comitê de Avaliação e Suporte para o combate da Covid-19 do Câmpus Sede da UEM. No grupo, os Engenheiros Têxteis de Maringá e da região dão suporte técnico ao setor de Saúde. Em Maringá as produções são destinadas ao Hospital Regional Universitário de Maringá (HU).

Universidade Estadual de Maringá