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Plano Diretor prevê obras futuristas no eixo monumental

A construção de dois edifícios comerciais, uma biblioteca pública, um auditório, uma grande cúpula com rotatória sobre a laje do túnel para servir de referência à estação ferroviária subterrânea, o rebaixamento do atual terminal provisório urbano e da antiga estação rodoviária metropolitana ­ preservando-se apenas a abóbada central do prédio ­ e a implantação de estacionamentos em três níveis no subsolo da Praça Raposo Tavares.

Essas idéias futuristas compõem parte da terceira etapa das premissas e diretrizes do Plano Diretor Urbano elaborado pelas empresas de arquitetura Botti & Rubin e Aflalo & Gasperini, por solicitação da Secretaria Municipal do Desenvolvimento Urbano, Planejamento e Habitação (Seduh), para urbanizar a região denominada Gleba C do Novo Centro de Maringá.

A área de 187.795,40 m² envolve todo o quadrilátero compreendido entre as avenidas Herval, João Paulino, Duque de Caxias e Tamandaré, incluindo ainda a antiga estação rodoviária e a Praça Raposo Tavares.

Atualmente o projeto público-privado encontra-se no estágio de conclusão da Avenida Horácio Raccanello Filho, de 1,6 quilômetro de extensão, construída sobre a laje do túnel ferroviário.

"O que buscamos é a definição de uma diretriz que deverá ser respeitada durante a realização de futuras obras no local.

Esses empreendimentos deverão atrair e, principalmente, trazer retorno para os investidores desta importante área da cidade", observou o secretário Guatassara Boeira, na noite da última terça-feira, dia 25, durante apresentação do resultado de estudo de viabilidade técnica e econômica do projeto para integrantes o Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá ­ CODEM.

O detalhamento dos vários aspectos do projeto foi realizado pelo arquiteto e urbanista Giancarlo Gasperini, destacando as obras complementares do chamado "Eixo Monumental de Maringá".

De acordo com o arquiteto Gasperini, a colocação em prática do projeto de urbanização do Novo Centro ­ acrescentando ainda a implantação de um mezanino, um centro empresarial, sobrelojas e estacionamento para mais de duas mil vagas, entre outras obras ­ representará a valorização do eixo monumental, que já é contemplado atualmente com as obras da Universidade Estadual de Maringá, Vila Olímpica, antigo terminal rodoviário, Praça Raposo Tavares e a Catedral.

"Consideramos que este é um planejamento urbano em fase de evolução e que ainda poderá receber adequações técnicas no decorrer de sua implantação", afirmou Gasperini.

Para o prefeito Silvio Barros a idéia, em princípio, é revigorar a área do Novo Centro enquanto se define o mecanismo ideal para a total execução do projeto.

"Entre as alternativas para sua viabilização está a Operação Urbana Consorciada, na qual há atuação conjunta do poder público e iniciativa privada na condição de principais empreendedores", explicou.

A imponência e beleza plástica do projeto causaram boa impressão também entre os representantes da iniciativa privada que participaram do encontro.

Na opinião de boa parte dos conselheiros do Codem, um dos primeiros problemas a serem eliminados com a implantação do projeto seria a criação de vagas para estacionamento de veículos no centro da cidade, em função da necessidade urgente de retirada das chamadas "espinhas de peixe" da Avenida Brasil.

"As outras vantagens virão em seguida, especialmente para complementar outro projeto fabuloso que a administração municipal já prepara para região do Novo Centro: o de revitalização da Zona 10 que, apesar de seus 70 hectares, tem hoje poucos investimentos, com prédios antigos e silos abandonados", concluiu o empresário, conselheiro e ex-presidente do Codem, Carlos Walter Martins Pedro.

Mais informações: 3221-1425 / 3221-1290 (Seduh)