A Universidade Estadual de Maringá está executando algumas ações necessárias para a ativação da Clínica para Adultos do Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM), uma nova ala com mais de 8 mil m² e capacidade para 108 novos leitos hospitalares. Mas este é só um passo. Para que a população tenha acesso aos novos leitos hospitalares a UEM depende da compra de equipamentos e da contratação de médicos, enfermeiros e pessoal de apoio.O vice-reitor da UEM, Ricardo Dias Silva, fala da importância do HU da UEM, que recebe a população da macrorregião Noroeste do Paraná, com 115 municípios, onde residem 2 milhões de habitantes. Ele destaca que a abertura dos novos leitos que, praticamente, dobraria a capacidade atual do Hospital, tem peso ainda maior agora ante a necessidade de atendimento a eventuais vítimas do coronavírus.Nesta quinta-feira (19), o Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Codem) comunicou a ida do presidente, José Roberto Mattos, à Curitiba para reivindicar, nas esferas do governo estadual, a contratação de pessoal para a nova ala, que está sem uso há mais de um ano. Dias Silva elogiou a iniciativa do Conselho e disse que toda ajuda é bem-vinda. Ele também frisou que a UEM já formalizou vários pedidos para a liberação de recursos para a aquisição dos equipamentos. “Desde que assumimos a gestão estamos trabalhando com a perspectiva de ampliar o número de leitos do hospital”.
INFRAESTRUTURA – A Prefeitura do Câmpus está fazendo os últimos ajustes para a entrega do prédio. Nesta quinta-feira (19) pela manhã, sob a supervisão do prefeito do Câmpus, Carlos Augusto Tamanini, iniciou-se a instalação das caixas de água para a viabilidade de uso do espaço, trabalho que, de acordo com o cronograma previsto, será concluído na próxima terça-feira.
Outra frente de trabalho diz respeito as ligações em rede dos gases medicinais, frequentes para fins terapêuticos, sendo o oxigênio o mais utilizado, especialmente na administração de medicamentos e no tratamento de doenças cardiorrespiratórias. Segundo Tamanini, caso não tenha a necessidade de nenhum outro material, estima-se que as ligações deverão estar prontas em 15 dias. Porém, se houver necessidade os leitos poderão entrar em funcionamento emergencialmente, com o consumo dos gases feito por meio de cilindros individuais. “Uma solução paliativa, mas viável”, afirma ele. Ainda de acordo com o prefeito, será feita a adequação da entrada de energia do HUM visando ajustar a demanda contratada e o consumo de energia elétrica, serviço que, de acordo com as estimativas da PCU, deve ser concluído até a próxima terça-feira (24).
PLANO DIRETOR – Com 100% dos atendimentos feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), atualmente, o Hospital conta com 123 leitos em atividade, para internamentos em enfermaria, UTIs pediátrica, adulta e neonatal e Pronto-Atendimento. Os 108 novos leitos constituem uma etapa importante do projeto de expansão do Hospital, dentro do novo Plano Diretor, cuja meta é atingir 500 leitos para atender a região.O vice-reitor destaca outra necessidade do hospital que diz respeito a aquisição de equipamentos para dois leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica. “Eles estão parados pela falta dos aparelhos”, informa. O hospital tem 22 leitos de UTIs funcionando, dos quais oito adultos, seis neonatais e quatro pediátricos. Ligado à UEM, o HU da UEM está vinculado à secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e à Superintendência Geral da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti).