MEIO AMBIENTE

Conheça a história do Parque do Ingá que completa 33 anos

O Parque do Ingá e o Bosque II foram preservados no traçado urbanístico de Maringá para que as gerações futuras conhecessem como eram as florestas intocadas da região. Porém, entre 1947 e 1970, o bosque que viria a ser o Parque do Ingá ficou abandonado e à mercê da depredação.

Sem cerca, era alvo de caçadores e lenhadores. Vários incêndios devoraram parte da vegetação original, sendo o pior deles o ocorrido na década de 1960.

As minas de água eram usadas por dezenas de lavadeiras de roupas que sobreviviam economicamente deste tipo de serviço.Naquela época, não se dava nenhuma importância à reserva. Até 1960, havia vereador que defendia na tribuna a derrubada da mata alegando que servia só para bandido se esconder da polícia.

O buraco onde hoje fica o lago foi escavado por olarias da cidade, que retiravam o barro para fabricar tijolos e telhas. No final da década de 50, o parque era ocupado por várias construções.

Lá funcionavam o Recanto do Menor e a guarda mirim, e havia projeto de instalar no local a sede do Corpo de Bombeiros e a Colméia Mirim (guarda feminina). Em 1960, os prédios foram demolidos e impedidas novas devastações por determinação do então prefeito João Paulino.

Em 10 de outubro de 1970, a reserva de 47,3 hectares virou parque. A urbanização do local provocou novas devastações, com retirada de árvores para fazer o lago, o minizoológico e outros prédios. Somente em 1994 o parque foi cercado pela primeira vez, poupando a vida de dezenas de animais silvestres que, até então, saíam da reserva e eram atropelados nas ruas.

O Parque do Ingá, a mais visitada reserva verde de Maringá, inicia amanhã as comemorações de seus 33 anos de fundação.

Até o próximo domingo, o público poderá conferir, das 8h às 17h, três exposições temáticas. A primeira traz 20 registros fotográficos da história do Parque. As fotografias, tiradas ao longo de três décadas, são do acervo do Patrimônio Histórico Municipal.

Outra exposição mostrará animais silvestres taxidermizados. São espécies que habitavam as florestas da região e que foram praticamente dizimadas no processo de colonização humana, iniciada na década de 1930.

Também será exposto para o público o lixo reciclável recolhido dentro da reserva. Com as três exposições temáticas, a direção do Parque quer instigar a reflexão sobre a importância de se preservar fauna e flora. As comemorações incluem ainda gincanas estudantis e lançamento de campanhas educativas permanentes em defesa das reservas verdes de Maringá.

PMM