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Florada das sibipirunas chama a atenção e divide opiniões entre os maringaenses

Florada das sibipirunas chama a atenção e divide opiniões entre os maringaenses
Tapete amarelo é considerado por alguns uma paisagem colorida e bela, mas para outros é sinônimo de transtornos. - Foto: Instagram Maringá.com
Nativa da Mata Atlântica e muito utilizada para reflorestamento, a sibipiruna invade as ruas da cidade com sua vibrante coloração amarela, proporcionando uma paisagem colorida no dia a dia maringaense. Para alguns, a paisagem é de encher os olhos, para outros, a “colinha” liberada pela árvore é um grande incômodo.

Atingindo aproximadamente 15 metros de altura, as sibipirunas são comuns na paisagem maringaense porém, passam despercebidas durante maior parte do ano. É entre setembro e novembro, durante sua florada de coloração amarelo vivo que as árvores roubam a cena e atraem a atenção dos maringaenses, como é o caso de Shirle Nascimento, moradora da cidade há 44 anos que faz questão de demonstrar seu encanto pela paisagem colorida. “Acho um belo tapete dourado, fica como a estrada dos tijolos amarelos da Dorothy [Mágico de Oz]. Faz a gente sorrir e imaginar o castelo no fim da rua. Dá um aperto no coração quando vejo cortarem, mas entendo que é necessário” afirma a vendedora.

Apesar de ser indicada para ambientes urbanos, por uma boa adaptação com a fiação elétrica, o plano do município seria de reduzir a arborização com essa espécie, mas foi defendida por muitos moradores no plano municipal de arborização, devido ao seu caráter histórico para a cidade.

“Sou totalmente contra o corte das árvores por questão de limpeza principalmente. Mas é claro que de acordo com a manutenção em determinados locais, é necessária a retirada, já que na época em que foram plantadas acredito que não houve uma programação considerando o desenvolvimento das árvores a longo prazo, sendo necessária a substituição por espécies mais adaptáveis ao cenário urbano”, opina Shirle Nascimento.

Sobre a questão de limpeza, as sibipirunas também chamam a atenção. Ao mesmo tempo em que muitos apreciam a coloração vívida pela cidade, muitos se incomodam com a “colinha” deixada pela árvore no asfalto, causando transtornos como grudar sujeiras ao chão e até mesmo os sapatos ao caminhar. “Pra ser sincero eu não gosto muito dessa época de florada em Maringá. Além de cair muita flor ao chão, a cola da própria árvore dificulta e muito na hora de varrer a calçada, além de grudar tudo no parabrisa no carro ou no banco da moto. São lindas, mas não servem para o perímetro urbano na minha opinião”, afirma Osvaldo Rocha, de 63 anos.

Independente das opiniões distintas sobre as sibipirunas de Maringá, é fato que a paisagem colorida aflora a criatividade dos moradores, resultando em diversos registros fotográficos pelas redes sociais.

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