HABILITAÇÃO

Com simulador facultativo, especialistas não acreditam na queda de preço da CNH

Com simulador facultativo, especialistas não acreditam na queda de preço da CNH
A mudança estabelecida pelo Contran visa amenizar custos para a retirada da primeira habilitação, que possui valor médio de R$ 2,1 mil a 2,5 mil. - Foto: Aloisio Mauricio/Folhapress
Entrou em vigor nesta semana, a partir de segunda-feira, a regra que torna o uso dos simuladores de direção facultativa no processo de retirada da primeira CNH. A mudança diminui carga horária das aulas de condução, passando de 25 para 20 horas/aula prática.

Em Maringá, os Centros de Formação de Condutores afirmaram à CBN Maringá que continuarão a ofertar o uso do equipamento simulativo. Em entrevista, a empresária Déborah Schiavoni explica que 17 autoescolas da Associação dos Centros de Formação de Condutores da cidade decidiram ofertar e defender as aulas no simulador.

A mudança estabelecida pelo Contran visa amenizar custos para a retirada da primeira habilitação, que possui valor médio de R$ 2,1 mil a 2,5 mil. Em reportagem realizada pelo portal de notícias R7, especialistas em legislação de trânsito consideram, porém, que apesar da não obrigatoriedade do uso dos simuladores, a CNH pode não ficar mais barata.

Ronaldo Cardoso, especialista em segurança e educação no trânsito, considera que as autoescolas brasileiras podem deixar de oferecer as aulas teóricas de forma gratuita, como é feito atualmente para vencer a concorrência. “Elas precisarão compensar as perdas. Acredito que poucas vão realmente deixar mais barato o processo”, diz em entrevista ao R7.

O especialista ainda ressalta que, o motivo da CNH possuir um preço alto, é devido a taxas do departamento de trânsito e obrigações de legislação como os exames médico e psicotécnico. Ronaldo ainda defende que as autoescolas não lucram como se imagina.

Alessandro Coelho Martins, consultor em segurança e educação no trânsito, possui opinião semelhante e afirma que o mercado de Formação de Condutores pode vivenciar uma queda no Brasil devido ao crescimento do uso de aplicativos de transporte e pelo desinteresse da população em possuir automóveis.

Martins ainda ressalta que quem realizou pesquisas sobre preços de CNH antes das mudanças, terá maior interesse em conseguir descontos com a nova regra em vigor, porém, a redução do preço será exceção já que as empresas podem incluir valores de outros serviços e taxas.
Maringá.com