Mais 55 mil veículos estarão nas ruas de Maringá em 10 anos, afirma especialista

Segundo cálculo realizado pela especialista em Trânsito e Transportes do Crea-PR, Bárbara Andrea Marchesini, Maringá pode ter mais 55 mil veículos rodando pelas vias da cidade em 10 anos. O levantamento foi feito a partir da análise de dados de frota e população dos últimos anos.

Os dados apontam que até junho de 2019 Maringá possuía 328.603 veículos registrados no Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) e, segundo estimativa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgada em agosto, a população maringaense consiste em 423.666, equivalente a 1,28 habitante por automóvel, segundo Bárbara.

A especialista frisa que a redução de automóveis nas ruas transforma o transporte em algo rápido, seguro e eficiente, além de diminuir o índice de poluentes emitidos. "Se medidas não forem tomadas, se outros modais não forem abrangidos, não teremos infraestrutura viária para absorver esses 5,5 mil veículos que entram durante o ano." Frota cresce 1,7% anualmente.

A fim de desacelerar o índice de automóveis, em 2012 uma lei federal determinou que todos os municípios brasileiros com mais de 20 mil habitantes deveriam fazer um Plano de Mobilidade Urbana. Maringá se mobilizou para desenvolver o estudo, que no Plano Diretor, estabelecerá medidas e diretrizes até 2030. No período, o transporte público será reestudado e o tráfego de veículos motorizados, desestimulado. A prioridade serão os pedestres e ciclistas.

O PlanMob

O PlanMob é realizado em quatro etapas. A licitação no valor de R$ 1,3 milhão foi concluída em agosto e a empresa vencedora é de Belo Horizonte. Agora, falta ser assinada a ordem de serviço para início do estudo, que ficará pronto em um ano. A especialista complementa que o Plano consiste na elaboração de diagnósticos por meio de pesquisas e estatísticas para a formulação de ações para os próximos dez anos. Uma das pesquisas mais importantes é sobre a origem e destino dos maringaenses.

Em relação ao PlanMob, a especialista Bárbara se preocupa com os aplicativos de transporte. Ela lembra que, em 2012, quando a lei federal foi sancionada, não existia este tipo de transporte.