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Vestibular da instituição oferece atendimento especial para deficientes

Vestibular da instituição oferece atendimento especial para deficientes
A cada concurso vestibular a UEM (Universidade Estadual de Maringá) oferece atendimento especial para aproximadamente 90 candidatos que apresentam algum tipo de restrição como baixa visão, deficiência auditiva ou motora, déficit de atenção, autismo, dislexia, surdez ou cegueira.

Para este público a Universidade disponibiliza, entre outros recursos, prova em braille, intérprete de língua brasileira de sinais (Libras), prova com letra ampliada, fiscal especial para leitura e transcrição da prova, mobiliário apropriado e tempo adicional para realização do exame. Além disso, eles terão as redações corrigidas sob critérios diferenciados de avaliação.

Para a professora Marlene Aparecida Wischral Simionato é importante que a população saiba desta opção que a UEM oferece, até para poder fazer valer os direitos a quem os tem. Segundo ela, o fato de a universidade oferecer atendimento diferenciado aos portadores de necessidades educativas especiais é uma questão de justiça social. “Há leis que especificam direitos a esta população e fazer valer estes direitos é atuar concretamente para que eles se efetivem”, opina a professora.

Marlene Simionato coordena um projeto de ensino vinculado ao Departamento de Psicologia da UEM chamado Arte e Deficiência: o cinema mostrando a vida. A proposta é promover a formação reflexiva na perspectiva das ações inclusivas e os atuais desafios deste campo, o que é feito nos encontros semanais da equipe, por meio da organização de palestras, debates e apresentação de filmes.

As discussões servem de base para uma atuação direta dos integrantes a cada concurso vestibular ou PAS, prestando um atendimento qualificado à pessoa com deficiência e transtornos globais do desenvolvimento. Assim, os alunos do projeto são chamados para fiscais e auxiliares nos locais de provas.

É um trabalho que exige um preparo extra e envolve inclusive questões operacionais, segundo Marlene Simionato. O fiscal precisa ter uma boa dicção, articulação das palavras para facilitar a leitura do conteúdo ao candidato, ter disposição de repetir a leitura quantas vezes for necessária e outras tantas especificidades.

O projeto foi implantado no ano 2000. “Na época, o atendimento era feito apenas por dois alunos, hoje já são mais de 30 alunos de diferentes cursos”, fala a professora, destacando que todo o trabalho é feito de forma articulada com a Comissão Central do Vestibular.

É a CVU que viabiliza toda a logística para a realização das provas. O trabalho começa já no período de inscrição do concurso. Márcia do Nascimento Brito, membro da Comissão Permanente do Vestibular, é responsável pela área de atendimento especial. Ela explica que para ter direito ao benefício o candidato deverá formalizar o pedido através de requerimento próprio, disponível em www.vestibular.uem.br.

Para quem for prestar o Vestibular de Inverno o envio pode ser feito até 8 de maio. Lembrando apenas que além do pedido de atendimento especial, o candidato ainda precisa fazer a inscrição para o concurso.

Márcia também informa que o requerimento deve estar acompanhado de laudo médico ou de pareceres de profissionais da área, descrevendo a natureza, o tipo e o grau de deficiência. “A análise do solicitado será feita de acordo com as normas vigentes da UEM e a decisão será comunicada por escrito ao requerente”, diz ela.

Lactantes

Neste concurso candidatas lactantes também poderão solicitar atendimento diferenciado se quiser autorização para amamentar o lactente durante a realização das provas. O prazo de solicitação é o mesmo: até 8 de maio. Durante o exame é preciso levar um acompanhante adulto, que ficará em sala reservada e será responsável pela guarda da criança durante todo o tempo de prova. A candidata terá direito ainda ao tempo adicional para realizar a prova.

Casos excepcionais, como lesões decorrentes de acidentes, doença infectocontagiosa ou casos que demandem outra necessidade emergencial, ocorridos nos dias que antecedem a realização das provas terão os pedidos analisados e, se aprovados, a CVU comunicará ao requerente, por telefone ou por e-mail, o resultado da análise.

Escolas

Reforçando que o atendimento diferenciado em provas de seleção é um direito de todas as pessoas com deficiência, a professora Marlene Simionato destaca que participantes do projeto Arte e Deficiência irão visitar algumas escolas de Maringá para falar sobre o atendimento especial que a UEM oferece nos processos de seleção aos seus cursos de graduação.

A coordenadora do projeto ainda defende que a UEM fortaleça as políticas de inclusão e invista seriamente para facilitar o ingresso do deficiente e principalmente a permanência dele na Universidade.

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