Representantes de entidades organizadoras de duas importantes corridas pedestres de Maringá se encontraram na manhã desta quarta-feira, dia 5, no auditório da reitoria da Universidade Estadual de Maringá (UEM) para acompanhar o sancionamento da lei nº 10.773/2018, que incentiva a prática de esportes saudáveis como ação marcante no enfrentamento do hábito do tabagismo.De autoria dos vereadores Alex Chaves, Altamir da Lotérica, Mário Verri, Onivaldo Barris e Mário Hossokawa, a lei inclui o projeto “Pare de Fumar Correndo” no calendário oficial do município. O projeto busca conscientizar a população sobre a necessidade dos tabagistas em abandonar o vício por meio da prática esportiva, contemplando especialmente a realização da Maratona de Revezamento Vanderlei Cordeiro de Lima e a Corrida Rústica de Iguatemi Elenilson Silva, realizadas anualmente, respectivamente, nos meses de agosto e novembro. Os dois eventos são estruturados e realizados pelo Projeto Tabagismo da Universidade Estadual de Maringá e Lions Clube Universitário Integração e tem como principal parceiro a Prefeitura de Maringá, por meio da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer (Sesp).A lei prevê ainda que a administração municipal, por meio de outras secretarias municipais competentes, fornecerá apoio logístico para a realização das etapas do projeto.Ao sancionar a nova lei o prefeito Ulisses Maia destacou que o ato representa o fortalecimento da parceria existente entre a Prefeitura, Câmara Municipal e UEM, especificamente na realização de eventos que contribuam para a preservação da saúde do maringaense. “Abrimos todas as portas da administração para estabelecer parcerias como essa e aproveito para oficializar um convite à UEM para que também seja nossa parceira, e com outras entidades, na realização da 1ª Maratona Internacional de Maringá, inicialmente prevista para ser disputada no dia 14 de julho do ano que vem pelas principais ruas e avenidas da cidade”, anunciou.
Projetos em conjuntoO reitor da Universidade Estadual de Maringá, Júlio César Damasceno, agradeceu o convite e o reconhecimento pelas ações conjuntas desenvolvidas no município em defesa da saúde, afetando positivamente a vida das pessoas. “O sancionamento da lei consolida as duas corridas e as transforma em política de Estado, que não se acaba da noite para o dia. O projeto Tabagismo é uma semente que germinou, virou uma árvore que dá bons frutos e que hoje ajuda a despertar nas pessoas o desejo de participar de outras corridas de rua, como a Prova Tiradentes e outras realizadas nos bairros da cidade”, observou.O secretário municipal de Esportes e Lazer, Valmir Fassina, lembrou que as duas provas são componentes do Circuito Maringaense de Corridas de Rua e que, por meio delas, virão outras parcerias com a UEM. “Já desenvolvemos projetos conjuntos na modalidade Handebol e outros poderão ser firmados para melhorar a qualidade de vida das pessoas e o desenvolvimento do esporte no município”, sugeriu.Ao representar a Câmara Municipal de Maringá e destacar também a fundamental participação da Usina Santa Terezinha nos eventos esportivos municipais, o vereador Onivaldo Barris revelou que a elaboração da lei surgiu durante a realização da Corrida Rústica de Iguatemi. “Salvar vidas é extremamente importante e quando a ação para essa finalidade é realizada em conjunto entre várias entidades o resultado é sempre relevante para todos os envolvidos”, assinalou.
Tratamento e prevençãoPara o coordenador do projeto Tabagismo, da Universidade Estadual de Maringá, professor Celso Conegero, a iniciativa atua na luta contra o tabagismo em duas vertentes: no tratamento, oferecendo um grupo de apoio para o tratamento de usuários de tabaco e que já contribuiu para que mais de mil pessoas abandonassem o hábito de fumar; e na prevenção, realizando um trabalho de conscientização da população de Maringá e região por meio de atendimento dos visitantes do MUDI, palestras em escolas, igrejas, associações e empresas e com a realização de eventos esportivos. “Em todas as corridas são realizadas Feiras de Saúde para prestação de serviços à comunidade e outras ações que preservam o bem-estar físico dos participantes inscritos e de toda a população”, observou.De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), 428 pessoas morrem por dia no Brasil por causa do tabagismo. Conforme dados do Inca, 12,6% de todas as mortes registradas no país são atribuíveis ao tabaco. Ao todo, 156.216 mortes poderiam ser evitadas todos os anos caso o uso do tabaco fosse eliminado.A epidemia global de tabaco mata mais de 7 milhões de pessoas todos os anos, das quais quase 900 mil são não fumantes, que morrem por inalar fumaça emitida por fumantes.
Mais informações: (44) 3220-5756 (Sesp)