LANÇAMENTO

Exposição ′Pétalas′ incentiva a força e a luta de mulheres contra o câncer

Exposição ′Pétalas′ incentiva a força e a luta de mulheres contra o câncer
Fotos, depoimentos e emoção marcaram o lançamento da exposição “Pétalas”, na tarde desta segunda, 15, no térreo do Paço Municipal. As imagens retratam a forma como mulheres que tiveram ou têm câncer enxergam o mundo após a doença. O painel de fotos e relatos é itinerante e ficará no paço até dia 31 de outubro. “Juntas somos mais fortes”, disse Julie Gonçalves, diagnosticada com câncer de mama. Com a própria foto em mãos, ela agradeceu o projeto e o considerou como um incentivo ao amor e a autoestima.

A fotógrafa Cary Bertazzoni, idealizadora do projeto, registrou 25 fotos de oito mulheres atendidas pela Rede Feminina de Combate ao Câncer. 14 delas foram escolhidas para fazer parte do painel de fotos. “Uma flor nunca perde sua essência mesmo quando deixa de ter uma pétala, por isso o nome da exposição. Esse momento que elas vivem é um ciclo. Esta é a mensagem que queremos passar. Esse momento é apenas uma fase e, essas mulheres, ainda sim, continuam sendo flores. Agradeço por fazer parte da vida delas”, disse Cary.

O vice-prefeito, Edson Scabora, destacou a beleza das fotos e das mulheres e reconheceu a importância da arte como forma de reafirmar o alerta para os exames preventivos. “Esse trabalho de incentivo às mulheres é muito relevante porque pode salvar vidas”, comentou.

O projeto é promovido pela Prefeitura de Maringá, por meio das Secretarias da Mulher (Semulher) e de Cultura (Semuc), em parceria com a Rede Feminina de Combate ao Câncer de Maringá. O lançamento faz parte da programação do outubro rosa.

Também estiveram presentes na cerimônia a secretária interina da Mulher, Nivalda Teixeira da Silva, a gerente de Pesquisa, Ações Formativas e Eventos, Amanda Mantovani, e a representante da Rede Feminina de Combate ao Câncer, Janaína Mantovani.

Alguns relatos:

Nayana: "Minha vida se transformou a partir de julho de 2017. Existe sim, dias difíceis, dores, reações da quimioterapia, sequelas da radioterapia, e os olhares curiosos por estarem diante de uma mulher sem cabelos, sem sobrancelhas. É como se perdêssemos nossa identidade feminina. Mas tudo passa... E, nada disso é maior do que a vontade de se curar, de vencer isso e viver cada dia intensamente ao lado das pessoas que amamos. Quero dizer a todas as mulheres o quão importante é se conhecerem, se tocarem”.

Elenir: Tive meu primeiro câncer em 2008 fiz todos os tratamentos e a reconstrução de mama. Mesmo sem menstruar há 3 anos, tomando tamoxifeno (anti-hormônio), em 2011 engravidei. Sofri muito na gravidez, mas com muita fé em Deus venci, e minha pequena tem 6 anos hoje. Pensando que estava tudo bem, em 2014 descobri um novo câncer na outra mama. Agora, em 2018, novamente, em exames de rotina descobri outro câncer, na cabeça. Fiz cirurgia dia 20 de junho deste ano e estou em tratamento de novo. Vencerei mais essa. Amo a vida e luto para viver. Preciso ver meu filho profissional no futebol e minha pequena fazer 15 anos.

Célia: sou técnica enfermagem e escolhi essa profissão por amar cuidar das pessoas que sofrem. Hoje, estou afastada. Em agosto de 2015, tive o diagnóstico de câncer de mama. Comecei meu tratamento cercada de amigos e familiares e uma grande equipe de médicos maravilhosos. Passei por todas as etapas do tratamento sempre crendo na minha cura. Quando achei que estava tudo bem, com sonhos, tive a notícia de uma recidiva da doença. Já iniciei o tratamento novamente, estou na última etapa. Sigo em frente, crendo sempre na minha cura. Devemos ter sempre pensamento positivo e procurar nos alegrar.