ACESSIBILIDADE

Depender dos outros é angustiante para algumas pessoas com deficiência

Depender dos outros é angustiante para algumas pessoas com deficiência
A acessibilidade nos espaços públicos e privados ainda é um dos grandes desafios das pessoas que têm algum tipo de deficiência física, uma vez que o direito de ir e vir está diretamente relacionado à independência e qualidade de vida. De acordo com a fisioterapeuta da Unimed Maringá, Fernanda Rosa, depender dos outros se torna muito angustiante para algumas pessoas que têm necessidades especiais. “Esse sentimento é ainda mais evidente em pacientes que tinham total autonomia e, de repente, se veem impossibilitados de realizar tarefas simples devido a algum acidente ou doença, situações que qualquer um de nós está sujeito a enfrentar”, diz.

A Unimed Maringá atende pacientes com os mais diversos diagnósticos, desde síndromes genéticas e/ou congênitas, até sequelas de doenças da fase adulta como AVC, ou provocadas por traumas e/ou acidentes. Para isso, a cooperativa conta com uma equipe especializada de fisioterapeutas, fonoaudiólogas, psicólogas e terapeutas ocupacionais que atendem de forma direta na reabilitação, sempre com foco na qualidade de vida e independência dos pacientes. “Nossos profissionais utilizam técnicas e exercícios específicos para ganho de força muscular, alongamento, mobilidade e ensinam a melhor maneira dos pacientes realizarem atividades do dia a dia”, diz. Ambientes com acessibilidade possibilitam que pessoas com deficiências físicas possam se locomover e realizar as atividades sozinhas, sem o auxílio de outras pessoas, o que contribui muito, principalmente com a saúde emocional.

Outro grande desafio é a inserção no mercado de trabalho. A Unimed Maringá, em busca de cumprir com seu papel social enquanto cooperativa de saúde, que zela pelo cuidado e qualidade de vida, conta com 29 pessoas com deficiência (PCDs), no quadro de colaboradores. São pessoas com deficiência física, visual, auditiva e intelectual que, assim como os demais profissionais, passam por um processo seletivo e são cobrados de acordo com cada função.

Segundo a analista de Recursos Humanos da cooperativa, Mayara Galeli, a maior contribuição da cooperativa para integrar as pessoas com deficiência é justamente não fazer nenhum tipo de diferenciação. “As funções de cada um variam de acordo com as capacidades e também a formação acadêmica. Temos desde atletas de 20 anos que não concluíram o ensino médio, até um médico auditor de 69 anos que está conosco desde 2004”, diz.

De acordo com Mayara, o relacionamento entre os colaboradores PCDs e os demais sempre ocorre de forma saudável. “No caso dos colaboradores surdos, procuramos nos comunicar por meio da escrita e alguns de nós estão participando de um curso de libras custeado pela cooperativa”, diz. Para a analista, a contratação de PCDs traz benefícios tanto para o colaborador como para a Unimed. “Sabemos que nem sempre é fácil estar inserido no mercado de trabalho, por isso, acolhemos e respeitamos essas pessoas que contribuem com o trabalho e o fortalecimento da nossa marca”.