Livro sobre o parque será lançado neste sábado (8) durante o Festival Nipo-Brasileiro
Quem desfruta das belezas do Parque do Japão não imagina todo o trabalho de bastidores para viabilizar a obra.
O projeto e vários aspectos da arquitetura e construção de lagos foram viabilizados em parceria por brasileiros e japoneses. Assim, foi necessário vencer barreiras impostas pelos dez mil quilômetros de distância entre os dois países, pelas dificuldades da língua, culturas e leis ambientais diferentes.
A concepção do projeto, apresentação da ideia em terras japonesas, envolvimento de instituições públicas, privadas e de voluntários, até finalização das obras. Toda a saga para viabilizar o empreendimento está contada no livro “Parque do Japão – Um Cartão Postal do Brasil”, que será lançado neste sábado, às 16 horas na Acema durante o Festival Nipo Brasileiro.
O livro foi escrito pelo jornalista Dirceu Herrero Gomes, que durante várias gestões foi diretor de Marketing do Parque e contou com apoio da Fundação Kunito Miyasaka. A renda obtida com a venda será revertida para a oscip Parque do Japão - Memorial Imin 100.
Durante o lançamento, deverão estar presentes os presidentes e diretores que, entre 2006 e 2017 contribuíram para que o parque se tornasse realidade. São eles Claudio Haruo Mukai, Massayoshi Siraichi, Eduardo Suzuki e João Noma (atual).
Além dos bastidores, o livro privilegia, com informações e fotos, toda a grandiosidade e beleza do local, que tem o maior jardim japonês do mundo fora do Japão. O terreno doado à prefeitura tem 130 mil metros quadrados, sendo 100 mil destinados ao Parque do Japão e outros 30 mil transformados em área de recuperação ambiental.
Sonho
O parque foi idealizado na gestão do prefeito Silvio Barros, em 2005. No prefácio do livro, o prefeito conta como foi a negociação para convencer um empresário a doar a área para o município.
Segundo ele, o terreno era “cheio de lixo, um depósito de sofás velhos, com solo pedregoso, com algumas invasões de roças de mandioca e muita capoeira”. Ele frisa que a doação foi o primeiro passo para que o o sonho começasse “a virar realidade”.
O presidente da Oscip Parque do Japão – Imin 100, João Noma, enaltece a importância da obra para a preservação e difusão da cultura japonesa e maior integração com a comunidade brasileira. “Todos os anos, recebemos em Maringá delegações de empresários e estudantes japoneses. A cada visita, apresentamos, agradecidos, mais uma obra em que os irmãos do Japão contribuíram de forma decisiva”, frisa.
Hoje, o Parque do Japão é administrado pelo município. Em artigo para o livro, o prefeito Ulisses Maia também reconhece a importância da obra para a história da cidade. Segundo ele, o Parque do Japão se impõe como marco de relevo a homenagear uma comunidade que tem uma contribuição decisiva para Maringá, a exemplo de tantos outros povos.
O livro conta que a contribuição dos irmãos japoneses foi fundamental, tanto financeiramente quanto na manutenção da identidade original do Jardim Japonês, bem como das construções, fazendo com que o projeto guarde o respeito à cultura e à tradição japonesa e para não contrariar os conceitos que se adotam no Japão.
Várias comitivas japonesas estiveram em Maringá para contribuir com as obras. Os japoneses desenvolveram a maquete, enviaram técnicos para colaborar na execução das obras internas, o consulado japonês no Paraná doou veículos e equipamentos. A construção se deu em forma de PPP (Parceria Público Privada), recebendo verbas públicas, e também com contribuições tanto da comunidade japonesa quanto de brasileiros.
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