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Instituição capacita imigrantes para o mercado de trabalho

Instituição capacita imigrantes para o mercado de trabalho
De acordo com dados da Polícia Federal, Maringá tem 5.522 estrangeiros registrados no município. Na recém-criada Associação dos Estrangeiros Residentes na Região Metropolitana de Maringá (Aerm), que auxilia na integração social e profissional, 68% dos imigrantes cadastrados são haitianos e a maioria trabalha na construção civil e em frigoríficos.

Para promover a qualificação e capacitação profissional dessas pessoas, a Unicesumar e a Aem criaram um projeto que oferece cursos de costura e construção civil. Atualmente, 25 haitianos, nigerianos e venezuelanos fazem o curso para trabalhar na construção civil. Os alunos que concluem dois módulos recebem certificados de servente de pedreiro e os que completam o curso em três módulos, saem com certificado de pedreiro.

Segundo o diretor da Pastoral Acadêmica da Unicesumar, Wesley Silva, a instituição busca contribuir com o bem-estar e inserção de imigrantes refugiados no mercado de trabalho. "Acreditamos que, na condição de instituição de ensino superior, temos que exercer influência e relacionamento com a sociedade. Vivemos uma crise global, com milhões de refugiados. Trata-se de um problema social, um desafio de como lidar com a imigração. Então, é importante investirmos na vida de pessoas que estão chegando na cidade para que elas possam ter condições básicas de sobrevivência", destaca.

As aulas práticas do curso de construção civil são ministradas por docentes da Unicesumar, no laboratório de Engenharia Civil. "O curso é destinado a imigrantes sem experiência e, também, para aqueles que já trabalhavam na área no país de origem, mas sem experiência reconhecida no Brasil", afirma Erick Ortuño, presidente da Aerm.

Já o laboratório do curso de Design de Moda é usado por 22 haitianas e venezuelanas, alunas do curso de costura e conserto. "Nossa intenção é manter esses primeiros dois cursos e abrir outros para que esses estrangeiros possam ter mais oportunidades de emprego", completa Ortuño.

Haiti

O Haiti sofreu, em 12 de janeiro de 2010, um abalo sísmico de grandes proporções. O epicentro foi a capital Porto Príncipe, com a implicação de consequências catastróficas. Desde então, os haitianos têm deixado o país em busca de oportunidades e Maringá tem sido um dos destinos.