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Vai prestar no meio do ano? Por quê fazer e dicas de estudo

Vai prestar no meio do ano? Por quê fazer e dicas de estudo
Para quem não pretende esperar o final do ano para ingressar no ensino superior, os vestibulares de meio de ano, também conhecidos como vestibulares de inverno, são excelentes opções e já estão batendo à porta. A segunda fase para admissão na Universidade Estadual Paulista (Unesp), o principal vestibular de inverno do país, será realizada no segundo final de semana de junho; outras instituições públicas, como a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e a Universidade Estadual de Maringá (UEM) também contam com processo seletivo de inverno.

Com mesmo teor de conteúdos e exigências dos tradicionais vestibulares do final do ano, as provas de meio de ano contam com um importante diferencial: a concorrência. "Uma das grandes vantagens é a relação candidatos por vaga, que é ligeiramente menor se comparada com as provas que ocorrem no segundo semestre", afirma Sami Jomaa, coordenador pedagógico do Liceu Jardim, instituição que adota o Sistema Farias Brito de ensino como material revisional e é referência em aprovações na região do ABC e no estado de São Paulo (93% de aprovação em universidades públicas no vestibular 2018). O educador também vê ganhos preparatórios nesses exames, uma vez que podem servir de termômetro para os vestibulandos. "É uma ótima oportunidade para os meninos que ainda estão estudando participarem como treineiros e se prepararem para as principais provas que são realizadas no final do ano".

Mãos à obra

Com a proximidade dos vestibulares de inverno, a melhor forma para se preparar para os exames, antes de mais nada, é encontrar um equilíbrio na hora dos estudos. "Apesar de estarmos próximos dos vestibulares de inverno, de nada adiantará fazer maratona ou profunda imersão nos conteúdos. Isso não significa que o estudante vá absorver mais conhecimento", indica Sami. Nesse contexto, o educador alerta para questões de ansiedade, e aposta na organização para que o vestibulando tenha um bom desempenho nos exames. "Uma rotina dividida entre estudos, sono, lazer e esportes, por exemplo, é a maior aliada da preparação. No caso dos vestibulares próximos, essa sistematização contribui com aluno, pois, se bem preparado e equilibrado, ele consegue driblar melhor a ansiedade".

Jomaa, que já trabalha com educação há mais de 10 anos e auxilia jovens no processo de ingresso no ensino superior, indica aos estudantes montar um cronograma de estudos baseado em pontos fortes e pontos fracos. Muitas vezes há um aprofundamento maior naquilo que o vestibulando tem dificuldade e, com isso, os conteúdos considerados mais fáceis acabam ficando de lado. "Isso é um grande erro, pois mesmo que se tenha um bom desempenho em determinadas matérias, a falta de revisão de determinados tópicos pode render surpresas desagradáveis, como um esquecimento ou cair em uma pegadinha na hora da prova", explica.

Para o estudo dos conteúdos com maior dificuldade, o especialista recomenda se debruçar na maior quantidade possível de exercícios, pois a resolução de questões consideradas desafiantes estimula o olhar sobre diferentes aspectos do assunto em questão e amplia os conhecimentos daquele determinado tema. Outra dica valiosa do professor é o fichamento de assuntos como forma de memorização dos conteúdos. Segundo Sami, tal técnica é amplamente indicada para conteúdos das matérias de humanas e facilita na hora do estudo ao concentrar assuntos em comum, em um só lugar.

O coordenador pedagógico também aposta na resolução de provas de vestibulares passados como forma eficiente de estudo, principalmente com o tempo reduzido de revisão, no caso dos vestibulares de inverno. "Cada vestibular tem suas particularidades e conhecer o estilo da prova ajuda a entender de que forma os conteúdos são solicitados, além de contribuir na identificação das tradicionais pegadinhas de vestibular", finaliza.