MEIO AMBIENTE

Zoonoses orienta para não alimentar e manter distância de animais silvestres

Zoonoses orienta para não alimentar e manter distância de animais silvestres
A Secretaria de Meio Ambiente (Sema), por meio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), orienta a população para não alimentar e manter distância dos animais silvestres nas áreas de reservas naturais. Diariamente os veterinários da CCZ realizam o controle epidemiológico e alimentam os animais, incluindo macacos, associados erradamente aos surtos de febre amarela em outros estados.

A veterinária do CCZ, Evandra Voltarelli, explica que os macacos também são vítimas e hospedeiro da doença. “Não podemos pensar em ações de combate só quando há surtos, e sim, de janeiro a janeiro, todos os anos. A febre amarela é transmitida por vetores, como o mosquito da Dengue (Aedes aegypti) e são eles que devem ser combatidos”, afirmou Evandra.

Alimentar os animais silvestres ocasiona desequilíbrio para a fauna. “Quando criam hábito de consumir alimentos industrializados, os animais começam a sair da mata, local onde estão protegidos, vão para o perímetro urbano para pegar os alimentos da lixeira e acabam mortos por atropelamento ou agredidos pelos humanos”, explica o Secretário da Sema, Ederlei Alkamim.

A orientação é para caso encontre alguma irregularidade ou um animal morto, acionar imediatamente a ouvidoria do município (156). A Sema estima que 700 macacos (Prego e Sagui) vivem em Maringá, no Horto Florestal, Borba Gato, Bosque II e Parque do Ingá (apenas Sagui).

Febre Amarela

A vacina contra a febre amarela está disponível gratuitamente em todas as Unidades Básicas da Saúde (UBS) e na sala de vacinação da Secretaria de Saúde (segunda a sexta). Entre o dia 1° e 29 de janeiro a secretaria aplicou 3.525 doses de vacina. Podem ser vacinadas pessoas de 9 meses até 59 anos. Acima dos 60, é preciso autorização médica. É aplicada dose única (válida para vida inteira) definido desde abril do ano passado, segundo Ministério da Saúde (MS). Antes era preciso tomar de dez em dez anos.

Diante os surtos da doença em outros estados, as orientações são para as pessoas tomarem a vacina, principalmente em caso de viagens para regiões com casos notificados. O único caso e morte por de febre amarela registrado pela Secretaria de Saúde em Maringá foi em 2008 e o caso era importado, ou seja, de outra cidade.

A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por mosquitos vetores infectados, em áreas urbanas (Aedes aegypti) e rurais ou silvestre (Haemagogus e Sabethes). Não há transmissão direta de pessoa para pessoa. Os sintomas iniciais da doença incluem febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas, dores no corpo, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza.