CULTURA

Maringá ocupa 2º lugar, no Paraná, em captação de recursos da Lei Rouanet

Maringá ocupa 2º lugar, no Paraná, em captação de recursos da Lei Rouanet
Os resultados que evidenciam o bom desempenho do mercado cultural e artístico de Maringá já começam a aparecer em 2017. Prova disso é o 2º lugar em captação de recursos por meio da Lei Rouanet no Paraná, ficando atrás apenas de Curitiba.

Ao todo, a cidade canção usufrui de pouco mais de R$ 3 milhões, a capital com pouco mais de R$ 36 milhões e a 3ª colocada, Londrina, R$ 2.369.866,59. Em Maringá foram apoiados, ao todo, 28 projetos. Curitiba somou 127 projetos patrocinados e em Londrina 26 propostas receberam incentivo. A capital contabiliza grande soma devido a possuir maior concentração de propostas e aportadores, reflexo da concentração de investimentos nos grandes centros.

Em Maringá, dos R$ R$ 3.025.521,92 arrecadados por meio da Lei Federal nº 8.313/1991 (Lei Rouanet) – que possibilita o abatimento de 4% do Imposto de Renda devido pelas empresas tributadas no regime de lucro real - R$ 1.801.860,90 foram captados pela ação direta do Instituto Cultural Ingá (ICI), mediante a colaboração dos mais de 30 parceiros da entidade. "O resultado de 2017 representa um crescimento de 28% em relação a 2016. Devemos esse desempenho aos produtores que conceberam excelentes projetos culturais na cidade e região, mostrando cada vez mais profissionalismo e criatividade", declara Miguel Fernando, diretor executivo do ICI.

De acordo com o diretor, a Lei Federal de Incentivo à Cultura é, atualmente, o maior instrumento de financiamento da arte e cultura no Brasil e, em âmbito internacional, é reconhecida como a melhor ferramenta de acompanhamento da gestão de recursos públicos. "Apesar das críticas que surgiram no passado, a lei funciona muito bem. Em 2017, mais de 1 bilhão de reais foram movimentados no país. Maringá também colhe os louros por estar se consolidando como polo de produção artística e cultural".

Com relação aos 28 projetos apoiados em Maringá, mais de 35 empresas regionais, estaduais e nacionais estiveram envolvidas na viabilização do recurso. Foram projetos ligados à área das artes cênicas, da música, da literatura, de patrimônio, de audiovisual, entre outros. Lembrando que 95% foram entregues gratuitamente a comunidade. "Um exemplo é o projeto Som da Banda, que atende mais de 200 crianças e adolescentes em 5 polos, distribuídos em Maringá e Mandaguari, oferecendo aulas com instrumentos de sopro e percussão com foco na formação de bandas marciais e fanfarras. Um projeto que atende aos alunos no contra turno escolar, ao tempo em que promove o ensino da arte", diz Miguel.

O diretor afirma que a taxa de sucesso na captação de recursos para os projetos apoiados pelo ICI atinge a marca de 85%. "Buscamos projetos que visam resolver problemas, sejam problemas artísticos, culturais ou sociais. Vale ressaltar que somos a única entidade no Brasil a atuar nesse campo no Terceiro Setor, ou seja, uma instituição que desempenha o papel de Agência de Fomento e Incentivo à Cultura de maneira não lucrativa. Uma ideia inédita que vem trazendo bons resultados à Maringá, graças, também, aos empresários que acreditam na importância de viabilizar a arte e a cultura para melhorar a nossa sociedade".

Acompanhe

O Salic (Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura) é um sistema unificado, utilizado para apresentação de propostas e acompanhamento de projetos culturais. Todas as fases de tramitação, da admissibilidade à prestação de contas, estão registradas e automatizadas no sistema. Ele foi pensado pelo Ministério da Cultura para facilitar o trabalho do proponente e dar mais transparência à tramitação de projetos, que podem ser acessados e acompanhados pelo cidadão. O Salic proporciona acesso a dados da Lei Rouanet como o número de propostas apresentadas, os projetos aprovados e os recursos captados – por período de tempo, linguagem cultural ou região / estado do país. Acesse http://salic.cultura.gov.br, realize seu cadastro e acompanhe o desempenho de Maringá com relação as demais cidades do Brasil. "Com a desburocratização que ocorreu no final do ano passado por meio do ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, haverá ainda mais transparência na gestão da Lei Rouanet. A nova instrução normativa da lei teve o número de artigos reduzido de 136 para 73, acompanhados de regras mais claras desde a aprovação do projeto a prestação de contas, o que oferece, consequentemente, mais abertura para captação de recursos", finaliza o diretor.

Como enquadrar meu projeto na Lei Rouanet

Ao longo do ano o ICI promove diversas capacitações técnicas, sem custos, à produtores culturais e artistas. Uma delas é a "Lei Rouanet: da teoria à prática", que apresenta elementos legais, teóricos e práticos para transformar uma ideia em projeto cultural, enquadrando-a nessa plataforma de financiamento do Ministério da Cultura.

Fique de olho, em breve publicaremos informações acerca das formações e dos projetos culturais que serão apresentados em 2018.