CIDADE

Arthur Moreira Lima faz concerto em homenagem à Maringá

"Pessoas de diversas classes gostam de boa música".

A frase é do pianista clássico internacional Arthur Moreira Lima, o músico que vai aonde o povo está.

Para abrir as festividades em comemoração ao aniversário de Maringá, o primeiro evento programado pela Prefeitura Municipal, em parceria com a Rede Paranaense de Comunicação – RPC – será o concerto ao ar livre com o renomado pianista, que irá se apresentar pela segunda vez consecutiva na Cidade Canção (a primeira foi no ano passado) na próxima segunda-feira (1º), a partir das 20 horas, na Praça da Catedral Basílica Menor Nossa Senhora da Glória.

A idéia de popularizar a música clássica surgiu quando Arthur Moreira Lima retornou ao Brasil (morou 20 anos fora, permanecendo muito tempo na Rússia), mas só conseguiu levar o projeto adiante na década de 80, com apresentações no Rio de Janeiro.

O projeto "Um Piano pela Estrada" ganhou força a partir de setembro de 2003, quando sua equipe planejou a complicada logística de levar e tocar, pela primeira vez em várias cidades, um sofisticado piano a bordo de um caminhão, o projeto já visitou mais de 50 cidades.

Repertório: sobre a seleção do repertório para os concertos ao ar livre, destinado a todas as pessoas, o pianista usou a vivência como critério de escolha das músicas a serem executadas.

Em entrevistas recentes, Arthur Moreira Lima falou sobre as obras que mais toca.

"Com a experiência que adquiri ao longo dos anos, aprendi a escolher o que é mais fácil o povo digerir.

No repertório são incluídas obras de Villa-Lobos, Ernesto Nazareth, Beethoven, Mozart, Radamés Gnattali, além de trabalhos de muitos artistas da música popular brasileira.

Mesmo as peças populares, que eu toco, são clássicos.

Ou seja, toco clássicos da música universal e clássicos da MPB. Só que, neste caso, são músicas da MPB que se tornam clássicos".

Carreira: Arthur Moreira Lima iniciou a carreira aos seis anos e aos nove já tocava um concerto de Mozart com a Orquestra Sinfônica Brasileira.

Anos depois conquistava o reconhecimento internacional em concursos como o Chopin, em Varsóvia (1965), Leeds, na Inglaterra (1969) e Tchaikovsky, de Moscou (1970).

Publicações internacionais especializadas destacaram suas interpretações e as revistas Répertorie, da França, e Tipptopp, da Suíça, elegeram seu CD com peças de Piazzolla (selo Olympia, 1999), o Disco do Mês.

No Brasil, venceu o prêmio Sharp duas vezes (1989 e 1990).

Entre 1998 e 99 a Revista Caras lançou 41 CDs de Arthur Moreira Lima tocando obras de mais de 100 compositores, numa lista que vai de Bach a Bartok, passando por Villa-Lobos, Gnattali e Nazareth.

Futebol: se provocado, Arthur Moreira Lima esquece, por alguns momentos, a condição de pianista virtuoso e se transforma no mais fanático torcedor de arquibancada.

Ano passado, comemorou como ninguém o título carioca do Fluminense, o tricolor do coração.

Sempre que pode, executa o hino do time em suas apresentações, como aconteceu na comemoração do centenário do Clube em 2002.

Programação: o mês de maio será repleto de atividades como exposições, apresentações de corais, desfile da cidade e inaugurações.

Pmm