A economia do Paraná confirmou a tendência de retomada e fechou o primeiro semestre com crescimento de 1,6% em relação ao mesmo período do ano passado. No fim do primeiro semestre, o Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná somava R$ 233,86 bilhões. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (12) pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes).“Com dois trimestres seguidos de crescimento, pode se dizer que o Paraná tecnicamente saiu da recessão”, diz Julio Suzuki Júnior, diretor-presidente do Ipardes. No primeiro trimestre de 2017, a economia do Estado cresceu 2,5% e, no segundo, 0,1% na comparação com o mesmo período do ano anterior.O resultado dos dois primeiros trimestres marca a retomada do crescimento da economia do Estado, depois de oito trimestres de queda. O PIB do ano de 2016 fechou com retração de 2,6%.
MELHOR QUE A MÉDIA - O desempenho paranaense, fortemente influenciado pelo crescimento da agropecuária, ficou acima da média da economia brasileira. O PIB do Brasil teve variação nula no primeiro semestre, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
São Paulo, maior economia do País, por sua vez, registrou uma retração de 1,2% no PIB no primeiro semestre, de acordo com a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Fundação Seade).“O Paraná vem consolidando a retomada do crescimento, enquanto que no Brasil esse movimento ainda é marcado por muita oscilação”, diz Suzuki Júnior.
AGROPECUÁRIA - No Paraná, destaque para a produção de soja, milho, fumo e feijão, que puxaram o crescimento de 13,6% na agropecuária no primeiro semestre. A indústria, por sua vez, cresceu 1,3%, influenciada pelos setores de máquinas e equipamentos, veículos automotores e autopeças. O setor de serviços registrou variação negativa de 0,8%, em função da retração de atividades financeiras e serviços de informática e comunicação.
ENERGIA – A alta de 0,1% registrada no PIB do Paraná no segundo trimestre, em relação ao mesmo período de 2016, foi, nesta comparação, mais tímida que o nacional (0,3%), em função, principalmente, da queda na geração de energia elétrica devido à escassez de chuvas no Estado. A agropecuária cresceu 11,4%, a indústria 0,1% e os serviços tiveram queda de 1,5%.