HISTÓRIA

Pesquisadores da UEM trabalham na catalogação das edificações em madeira existentes em Maringá

Pesquisadores da UEM trabalham na catalogação das edificações em madeira existentes em Maringá
- Foto: Ronaldo Vanzo
Pesquisadores da Universidade Estadual de Maringá trabalham na catalogação das edificações em madeira existentes em Maringá. O objetivo é estimular o tombamento para a preservação de estruturas históricas da cidade

O Laboratório de Pesquisa em Habitação e Assentamentos Humanos (Lapha), ligado ao Departamento de Arquitetura e Urbanismo (DAU) da UEM, tem trabalhado na catalogação das edificações em madeira, ainda em pé, desde a colonização de Maringá. O objetivo do projeto é estudar a arquitetura que compõe o patrimônio edificado da região Norte do Paraná, documentando os métodos construtivos utilizados pelos pioneiros.

Os pesquisadores se debruçam em estudos da arquitetura vernacular, técnica que emprega recursos do próprio ambiente em que a edificação é construída. Entre os principais fatores que colaboraram para as construções em madeira no período de colonização, se destaca o grande número de florestas, fornecendo matéria-prima; a instalação de inúmeras serrarias, proporcionando a industrialização da madeira; e as trocas culturais dos carpinteiros, principalmente dos imigrantes europeus, responsáveis pela introdução de novas técnicas construtivas na arquitetura regional.

Atualmente, em algumas cidades, ainda é possível encontrar casas de madeira espalhadas e algumas igrejas e capelas, a maioria localizada na zona rural, rica em detalhes construtivos e de importância histórica. Em Maringá ainda existem três capelas de madeira, remanescentes daquela arquitetura que configurou o primeiro período de ocupação territorial das cidades norte-paranaenses. Entre elas destaca-se a Capela São Bonifácio, construída em 1940, considerada a primeira de Maringá.

De acordo com o coordenador da pesquisa, professor Ricardo Dias, a catalogação já registrou mais de 1.300 propriedades edificadas em madeira. A coleta de dados tem possibilitado a produção de documentos que alimentarão um banco de dados, com a finalidade de apoiar políticas públicas de preservação do patrimônio histórico regional.
Assessoria de Comunicação Social UEM