Livro conta história da Igreja Católica em Maringá

“A história da Igreja Católica em Maringá - A Igreja que brotou da mata” é o título do livro escrito pelo padre Orivaldo Robles, obra lançada oficialmente esta semana com relatos da presença do catolicismo no norte do Paraná, especialmente na região de Maringá, desde o início do século XX. A publicação faz parte das comemorações dos 60 anos da Arquidiocese e dos 70 anos da cidade.

“Este livro é um material muito importante para entender o nosso passado e repensar o futuro. A estrutura da Igreja Católica está permeada em vários momentos da história da nossa cidade. Ela superou meramente o escopo religioso, sempre inserida em outros setores de luta importantes para o desenvolvimento de uma sociedade”, diz o secretário de Cultura de Maringá. Para ele o levantamento histórico apresentado na obra se torna ainda mais marcante neste ano em que Maringá completa 70 anos de fundação.

“É Impossível negar que a Igreja Católica tornou-se responsável por parcela significativa do avanço que esta cidade experimentou. Sem sua presença cultural e religiosa, com certeza Maringá teria desenvolvimento significativamente inferior ao atual”, acredita o padre Robles. Para o religioso, Maringá representa um caso raro, talvez único na história, em que uma cidade com menos de 10 anos de fundação tenha sido elevada à diocese.

Maringá foi fundada em 10 de maio de 1947 e o primeiro bispo, dom Jaime Luiz Coelho, tomou posse no dia 24 de março de 1957. O líder religioso, falecido em 2013, teve grande participação na construção da cidade, sendo protagonista também na criação de veículos de comunicação, instituições de ensino, inúmeras obras sociais e na idealização da catedral em forma de cone, que se tornou o principal cartão postal da cidade.

O livro também traz fotos históricas pouco conhecidas pelos maringaenses. Uma delas, com vista aérea do Maringá Velho, em 1951, mostra a Avenida Brasil sumindo na mata nativa ainda predominante na paisagem. O leitor também vai encontrar algumas curiosidades como nomes de religiosos, religiosas, padres e bispos que foram homenageados pelos poderes Executivo ou Legislativo com denominação de ruas, avenidas, prédios públicos e títulos e cidadania.

Com revisão do arcebispo emérito de Curitiba, dom Pedro Fedalto, a publicação foi viabilizada pela Lei Rouanet e patrocínio de empresas da região. O projeto teve a coordenação do jornalista Erverton Barbosa. Três mil exemplares da obra, que tem 432 páginas, serão distribuídos gratuitamente para bibliotecas e escolas da região.