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Maringá é a primeira cidade do país a oferecer curso para pacientes com transtornos mentais

Teve início ontem(segunda-feira, dia três), o curso de alfabetização para pacientes do Centro Integrado de Saúde Mental de Maringá, o Cisam.

Fruto da parceria entre a Prefeitura, por meio da Secretaria da Saúde, o Serviço Social da Indústria, o Sesi, e o Ministério da Educação, é uma iniciativa pioneira no Brasil.

A turma é formada por 20 pessoas.

A duração do curso é de seis meses.

As aulas ocorrem às segundas, quartas, e sextas-feira.

Das 13h30 às 17 horas, os alunos recebem o conteúdo do Projeto Sesi - Por um Brasil Alfabetizado.

Por ser a primeira sala exclusiva para pacientes com transtornos mentais, além da professora, há o acompanhamento de um profissional da Secretaria da Saúde.

Hoje, no início do curso, cada aluno recebeu uma pasta com lápis, borracha, apontador, caderno e uma apostila com o conteúdo.

O material é fornecido pelo Sesi.

O alfabetizador é de responsabilidade do Ministério da Educação.

A Secretaria da Saúde cede a sala de aula e a estrutura de apoio necessária.

O secretário da Saúde do Município de Maringá, Antônio Carlos Nardi, diz que o curso representa um desafio gratificante.

“Somos pioneiros.

Reconhecemos as dificuldades. Será um aprendizado e tanto para todos os envolvidos com o projeto, alunos, professores e parceiros”, afirma.

A coordenadora do Projeto Sesi - Por um Brasil Alfabetizado, em Maringá, Michelle Fernandes Lima, declara que o conteúdo será transmitido aos alunos de uma forma diferenciada.

“Vamos usar muitos recursos visuais, jogos, para tornar as atividades mais dinâmicas e manter a atenção dos alunos”, explica.

Priscila Aparecida Tencati, professora da turma, revela ser grande a expectativa de conduzir o grupo até outubro.

“Estou confiante no progresso dos alunos. Ficarei realizada em vê-los mais independentes e com segurança de poderem ler os destinos dos ônibus coletivos e fazerem as contas básicas, sem medo de se perderem, nem de serem enganados”, ressalta.

A psicóloga e diretora do Cisam, Aparecida Moreno Panhosi da Silva comenta que a alfabetização será importante para valorizar a auto-estima dos pacientes.

“Aprender a ler e a escrever vai possibilitar aos alunos verem o mundo de uma outra forma.

“Eles gostariam de externar muito sentimento.

Com a leitura e a escrita, eles poderão se manifestar por cartas e, quem sabe, até por poemas, poesias e canções”, frisa.

O Projeto Sesi - Por um Brasil Alfabetizado foi implantado em 2004.

Em 2006, são centenas de turmas espalhadas pelo país.

A meta é alfabetizar dois milhões de brasileiros até o final deste ano.

Pmm